14/06/2008

Jornada Nacional de Luta da Via Campesina

Nesta terça (10) teve início a Jornada Nacional de Luta da Via Campesina que realizou protestos em 13 estados. A jornada denuncia o atual modelo agrícola no Brasil que "favorece os interesses das empresas transnacionais, que compõem aliança com os latifundiários para controlar a nossa agricultura e obter grandes lucros na produção e comercialização dos alimentos e na venda das sementes e insumos agrícolas".

Os protestos ocorreram no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Ceará, Alagoas, Espiríto Santo, Paraíba, Pernambuco, Rondônia e Tocantis. Além de denunciar as empresas transnacionais, a Jornada defende a contrução de "um novo modelo agrícola, baseado na agricultura camponesa, na Reforma Agrária, na distribuição de renda e fixação das pessoas no meio rural".

O atual modelo econômico, baseado no agronegócio e no capital financeiro, quer transformar os alimentos, as sementes e todos os recursos naturais em mercadoria para atender os interesses, o lucro e a ganância das grandes empresas transnacionais. Para isso, esses grupos econômicos se apropriam de terra, águas, minerais e biodiversidade, privatizando o que é de todos. Além disso, desmatam as florestas e deterioram os solos com a monocultura. Também aumentam a exploração dos trabalhadores, precarizam, retiram e desrespeitam os direitos trabalhistas, causam desemprego, pobreza e violência. Dessa forma, o agronegócio promove a concentração da riqueza nas mãos dos mais ricos, especialmente banqueiros e empresas transnacionais, enquanto aumenta a desigualdade e a pobreza da população.

Fonte: VIA CAMPESINA - ASSEMBLÉIA POPULAR

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