20/06/2008

Por la distribución de la riqueza

Comunicado de la Comisión Política del Partido Comunista de la Argentina.
Una medida del gobierno apuntada a limitar una parte de las extraordinarias ganancias de los sectores agro exportadores y a que no se desboque más aún la carestía de la vida, ha provocado una reacción desmesurada de quienes más ganan y siempre impusieron políticas a favor de sus intereses, acompañados codo a codo por la derecha política, la alta jerarquía de la Iglesia y los medios de difusión vanguardizados por el grupo Clarín.
En estas horas desatan un plan desestabilizador que tiende a colocarnos decididamente bajo las frías leyes del mercado y del neoliberalismo.
No somos parte del gobierno ni del frente que lo sostiene. Exigimos la soberanía sobre el petróleo y la minería. Y aunque reconocemos que se ha operado un crecimiento en los índices de ocupación, sostenemos que son muy insuficientes las políticas para terminar con el desempleo, la pobreza y la indigencia, y también para beneficiar a los pequeños y medianos productores de la ciudad y del campo. Va quedando poco margen para nuevos reformismos.
Pero sabemos que las derechas, que están logrando base social, vienen para remachar la entrega del país y para incentivar las condiciones que agravan la miseria y el hambre.
Al mismo tiempo decimos que una nueva crisis de gobernabilidad amenaza sobrevenir si no se adoptan medidas patrióticas urgentes de recuperación del patrimonio nacional y de lucha decidida contra la desigualdad, por la distribución de la riqueza, incluyendo otra política tributaria.
Con este contenido crítico participaremos, desde nuestra posición autónoma y desde una política de alianzas con sectores antioligárquicos y antimperialistas, en la concentración convocada a Plaza de Mayo.

Por que estamos mobilizados Queremos produzir alimentos Contra o agronegócio e em defesa da agricultura camponesa.

O atual modelo econômico, baseado no agronegócio e no capital financeiro, quer transformar os alimentos, as sementes e todos os recursos naturais em mercadoria para atender os interesses, o lucro e a ganância das grandes empresas transnacionais.
Para isso, esses grupos econômicos se apropriam de terra, águas, minerais e biodiversidade, privatizando o que é de todos. Além disso, desmatam as florestas e deterioram os solos com a monocultura. Também aumentam a exploração dos trabalhadores, precarizam, retiram e desrespeitam os direitos trabalhistas, causam desemprego, pobreza e violência.
Dessa forma, o agronegócio promove a concentração da riqueza nas mãos dos mais ricos, especialmente banqueiros e empresas transnacionais, enquanto aumenta a desigualdade e a pobreza da população. É necessário e urgente combater essa lógica opressora e destrutiva, que apresentamos nos seguintes pontos:
I - Denunciamos
Denunciamos o atual modelo agrícola por que:
1. Favorece os interesses das empresas transnacionais, que compõem aliança com os latifundiários para controlar a nossa agricultura e obter grandes lucros na produção e comercialização dos alimentos e na venda das sementes e insumos agrícolas.
2. Prioriza o monocultivo em grandes extensões de terras, que afeta o meio ambiente, deteriora os solos e exigem o uso grandes quantidades venenos.
3. Estimula a monocultura de eucalipto e pínus, que destroem a biodiversidade, causam poluição ambiental, geram desemprego e promovem a desagregação social das comunidades camponesas, indígenas e quilombolas.
4. Incentiva a produção de etanol para exportação, promovendo a ampliação do plantio da monocultura da cana-de-açúcar e, conseqüentemente, causando a elevação dos preços dos alimentos e a concentração da propriedade da terra por empresas estrangeiras.
5. Difunde o uso das sementes transgênicas, que destroem a biodiversidade, eliminam as nossas sementes nativas, podem causar danos à saúde dos camponeses e consumidores de alimentos e transfere para as transnacionais o controle político e econômico das sementes.
6. Promove o desmatamento dos nossos biomas, de modo especial da floresta amazônica e do cerrado, e a destruição dos babaçuais, através da expansão da pecuária, soja, eucalipto e cana, juntamente como a exportação de madeiras e minérios.
II- Somos contra
As transnacionais, os latifundiários e um grupo de políticos, partidos e parlamentares que defendem interesses econômicos e querem aprovar projetos que vão piorar ainda mais esse quadro e, por isso:
1. Somos contra a lei de concessão das florestas públicas, que significa a privatização da biodiversidade, e o projeto de lei nº 6.424/05, que reduz a área da reserva legal da Amazônia de 80% para 50%, de autoria do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA)..
2. Somos contra a Medida Provisória nº 422/08, que legaliza áreas de até 1500 hectares, invadidas por latifundiários na Amazônia, quando a Constituição determina apenas até 50 hectares.
3. Somos contra a Medida Provisória que desobriga o registro em carteira até três meses de trabalho. Condenamos a existência impunemente do trabalho escravo, da exploração do trabalho infantil e da falta de garantia aos direitos trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores rurais.
4. Somos contra o Projeto de Emenda Constitucional nº 49/06, que propõe diminuir a extensão da faixa de fronteiras para beneficiar empresas transnacionais e grupos econômicos internacionais, de autoria do senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) .
5. Somos contra o projeto de transposição do Rio São Francisco, que visa apenas beneficiar o hidronegócio e a produção para exportação e não atende as necessidades das populações que vivem na região do semi-árido nordestino.
6. Somos contra a privatização das águas, que passam a se monopolizadas por empresas transnacionais como Nestlé, Coca-Cola e Suez.
7. Somos contra o atual modelo energético, baseado na construção de grandes hidrelétricas - principalmente na Amazônia -, que entrega o controle da energia às grandes corporações multinacionais e favorece as grandes empresas que mais consomem energia.
III - Defendemos
Estamos mobilizados e vamos lutar para mudar essa realidade. Por isso, queremos:
1. Construir um novo modelo agrícola, baseado na agricultura camponesa, na Reforma Agrária, na distribuição de renda e fixação das pessoas no meio rural.
2. Combater a concentração da propriedade da terra e de recursos naturais, fazendo uma ampla distribuição dos latifúndios, com a definição de um tamanho máximo para a propriedade da terra.
3. Garantir que a agricultura nacional seja controlada pelo povo brasileiro, assegurando a produção de alimentos, como uma questão de soberania popular e nacional, incentivando as agroindústrias cooperativadas e o cultivo de alimentos sadios.
4. Diversificar a produção agrícola, na forma de policulturas, respeitando o meio ambiente e usando técnicas de produção da agroecologia.
5. Preservar o meio ambiente, a biodiversidade e todas as fontes de água, com atenção especial ao Aqüífero Guarani, combatendo as causas do aquecimento global.
6. Desmatamento zero na Amazônia e nos demais biomas brasileiros, preservando a riquezas naturais e usando os recursos naturais de forma adequada e sustentável, em favor do povo. Defendemos o direito coletivo da exploração dos babaçuais.
7. Preservar, difundir, multiplicar e melhorar as sementes nativas, dos diferentes biomas, para garantir o seu acesso a todos os agricultores.
8. Lutar pela aprovação imediata da lei que determina expropriação de todas as propriedades com trabalho escravo e a instituição de pesadas multas aos latifundiários que não cumprem as leis trabalhistas e previdenciárias.
9. Exigir a implementação da política proposta pela Agência Nacional de Águas, que prevê obras e investimentos em cada município do semi-árido, necessárias para resolver o problema de água da população da região.
10. Impedir que a água se transforme em mercadoria e garantir seu gerenciamento como um bem público, acessível a toda a população.
11. Assegurar um novo modelo energético que garanta a soberania energética, que priorize o desenvolvimento de todos, utilizando o uso racional da energia hidráulica em pequenas usinas, com a produção de agrodiesel e álcool pelos pequenos agricultores e suas cooperativas.
12. O governo federal deve autorizar o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) a retomar a regularização, com maior celeridade, de todas as áreas pertencentes aos quilombolas.
13. Promover a demarcação imediata de todas as áreas indígenas e expulsão de todos os fazendeiros invasores, em especial da Raposa Serra do Sol e das áreas dos guarani no Mato Grosso do Sul.
O governo Lula precisa honrar os compromissos assumidos para a realização da Reforma Agrária, cumprindo seu programa político, assinado em julho de 2002, assentando imediatamente todas as famílias acampadas e construindo no mínimo 100 mil casas por ano no campo para evitar o êxodo rural. A nossa luta é pela construção de uma sociedade justa, com igualdade e democracia, onde a riqueza é repartida com todos e todas.

VIA CAMPESINA ASSEMBLÉIA POPULAR

19/06/2008

Ação contra MST repete discurso anti-comunista pré-1964

por Marco Aurélio Weissheimer
para a Carta Maior

A inicial da ação civil pública apresentada pelos promotores Luís Felipe de Aguiar Tesheiner e Benhur Biancon Junior, do Ministério Público do Rio Grande do Sul, pedindo a desocupação de dois acampamentos do MST, próximos à fazenda Coqueiros (região norte do Estado), parece uma peça saída dos tempos da ditadura, reproduzindo a paranóia delirante anti-comunista dos anos 50 e 60 que alimentou e deu sustentação ao golpe militar no Brasil. A Vara Cível de Carazinho deferiu a liminar requerida pelo MP. Na avaliação dos promotores, os acampamentos Jandir e Serraria são "verdadeiras bases operacionais destinadas à prática de crimes e ilícitos civis causadores de enormes prejuízos não apenas aos proprietários da Fazenda Coqueiros, mas a toda sociedade". Essa terminologia resume uma lógica de argumentação que muitos julgavam estar extinta no Brasil.
Na primeira página da inicial da ação, os promotores comunicam que seu trabalho é resultado de uma decisão do Conselho Superior do Ministério Público do RS para investigar as ações do MST que "há muito tempo preocupam e chamam a atenção da sociedade gaúcha". O documento anuncia que os promotores Luciano de Faria Brasil e Fábio Roque Sbardelotto realizaram um "notável trabalho de inteligência" sobre o tema. Uma nota de rodapé define o trabalho de "inteligência" realizado nos seguintes termos:
O art. 1º, § 2º, da Lei nº 9.883/99, que instituiu o Sistema Brasileiro de Inteligência e criou a ABIN, definiu a inteligência como sendo "a atividade que objetiva a obtenção, análise e disseminação de conhecimentos dentro e fora do território nacional sobre fatos e situações de imediata ou potencial influência sobre o processo decisório e a ação governamental e sobre a salvaguarda e a segurança da sociedade e do Estado".
O relatório que segue faz jus a esse conceito, apresentando o MST como uma ameaça à sociedade e à própria segurança nacional. O resultado do trabalho de inteligência inspirado nos métodos da ABIN é composto, na sua maioria, por inúmeras matérias de jornais, relatórios do serviço secreto da Brigada Militar e materiais, incluindo livros e cartilhas, apreendidas em acampamentos do MST. Textos de autores como Florestan Fernandes, Paulo Freire, Chico Mendes, José Marti e Che Guevara são apresentados como exemplos da "estratégia confrontacional" adotada pelo MST. Na mesma categoria, são incluídas expressões como "construção de uma nova sociedade", "poder popular" e "sufocando com força nossos opressores". Também é "denunciada" a presença de um livro do pedagogo soviético Anton Makarenko no material encontrado nos acampamentos.
As subversivas Ligas Camponesas e o "movimento político-militar de 1964"
Na introdução da ação, os promotores fazem um "breve histórico do MST e dos movimentos sociais". Esse histórico se refere à organização do Movimento dos Agricultores Sem-Terra (Master) no Rio Grande do Sul, nos anos 1960, e à "atmosfera de crescente radicalização ideológica". As Ligas Camponesas de Francisco Julião, em Pernambuco, são acusadas de "sublevar o campo e incentivar a violência contra os proprietários de terra, criando um clima de guerra civil". Essa "agressividade", na avaliação dos promotores, contribuiu para o "movimento político-militar de 1964". O "movimento político-militar de 1964" a que os promotores se referem é o golpe militar que derrubou o governo constitucional de João Goulart, suprimiu as liberdades no país e deu início à ditadura militar.
Logo em seguida, a ação apresenta uma caracterização do MST, toda ela baseada na visão de uma única pessoa, o sociólogo Zander Navarro. O trabalho de inteligência dos promotores também se baseia, em várias passagens, em uma "revista de circulação nacional" (Veja) e em matéria críticas ao MST publicadas em jornais como Folha de São Paulo, Zero Hora e Estado de São Paulo, entre outros. Após apresentar um "mapa" dos movimentos sociais no campo brasileiro, os promotores questionam, em tom de denúncia, as fontes de financiamento público desses movimentos. Eles revelam que "o Ministério Público encaminhou um questionamento ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, acerca da existência ou não de alguma fonte de financiamento ou ajuda, direta ou indireta, aos participantes do MST acampados no Rio Grande do Sul".
Os promotores citam ainda o relatório da CPMI da Terra, realizada no Congresso Nacional, sustentando que há malversação de verbas públicas, "pelo repasse de dinheiro público efetuado diretamente pelo Incra, na forma de distribuição de lonas, cestas básicas e outros auxílios". Além disso, citam a "doação de recursos por entidades estrangeiras, notadamente organizações não-governamentais ligadas a instituições religiosas, como a organização Caritas, mantida pela Igreja Católica". E identificam, em tom crítico, a rede de apoio internacional ao MST que mostraria ao público estrangeiro "uma visão do Brasil frontalmente crítica à atuação do Poder Público e inteiramente de acordo com os objetivos estratégicos do MST". Citando o jornal Zero Hora, os promotores apontam que a Escola Florestan Fernandes (do MST) foi construída "com vendas do livro Terra, com texto do escritor português José Saramago, fotografias de Sebastião Salgado e um disco de Chico Buarque, além de contribuições do exterior".
Mídia, PM 2 e Denis Rosenfield: as fontes da argumentação dos promotores
Ao falar sobre a estratégia do MST, os promotores valem-se de relatórios do serviço secreto da Brigada Militar (a PM2). O relatório do coronel Waldir João Reis Cerutti, de 2 de junho de 2006, afirma que os acampamentos do movimento são mantidos com verbas públicas do governo federal, recursos de fontes internacionais e até das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). O coronel Cerutti não apresenta qualquer comprovação da existência do "dinheiro das FARC" e segue falando da suposta influência da guerrilha colombiana sobre os sem-terra. Segundo ele, o MST estaria planejando instalar um "território liberado" dentro do Estado: "Análises de nosso sistema de inteligência permitem supor que o MST esteja em plena fase executiva de um arrojado plano estratégico, formulado a partir de tal "convênio", que inclui o domínio de um território em que o governo manda nada ou quase nada e o MST e Via Campesina, tudo ou quase tudo".
Em seguida é apresentado um novo relatório do Estado Maior da Brigada Militar sobre as ações do MST no Estado. Esse documento pretende analisar a "doutrina e o pensamento" do MST, identificando, entre outras coisas, as leituras feitas pelos sem-terra. Identifica um "panteão" de ícones inspiradores do movimento, "a maior parte ligada a movimentos revolucionários ou de contestação aberta à ordem vigente" (onde Florestan Fernandes e Paulo Freire estão incluídos, entre outros). E fala de "uma fraseologia agressiva, abertamente inspirada nos slogans dos países do antigo bloco soviético ("pátria livre, operária, camponesa")". A partir dessas informações, os promotores passam a discorrer sobre o caráter "leninista" do MST, invocando como base argumentativa o livro "A democracia ameaçada – o MST, o teológico-político e a liberdade", de Denis Rosenfield, que "denuncia" que o objetivo do movimento é o socialismo.
Para os promotores, "já existem regiões do Brasil dominadas por grupos rebeldes" (p. 117 da ação). A prova? "A imprensa recentemente noticiou...." (uma referência as ações da Liga dos Camponeses Pobres, no norte do Brasil). Em razão da "gravidade do quadro em exame", concluem os promotores, "impõe-se uma drástica mudança na forma de trato das questões relativas ao MST e movimentos afins". A conclusão faz jus às fontes utilizadas no "notável trabalho de inteligência": "o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra não constitui um movimento social, mas, isso sim, um movimento político". O MST, prosseguem os promotores, "são uma organização revolucionária, que faz da prática criminosa um meio para desestabilizar a ordem vigente e revogar o regime democrático adotado pela Constituição Federal". Em nenhum momento da ação, o "notável trabalho de inteligência" dos promotores trata de problemas sociais no campo gaúcho.

17/06/2008

A primeira atividade do Movimento Carlos Marighella aconteceu no Sindicato dos Metalúrgicos de Valinhos nessa sexta-feira passada, dia 13/06. Foram passados dois documentários rápidos, um sobre a estupidez do capitalismo (Ilha das flores) e o outro sobre a luta do MPL de Campinas, sendo seguido de um debate onde todos presentes puderam participar. A próxima atividade cultural será no dia 27/06 também sexta-feira, as 19h00 no Sindicato dos Metalúrgicos, Av. 11 de agosto, 860(próximo à rodoviária de Valinhos). Será passado o filme "Diários de Motocicleta" que mostra uma experiência determinante na vida de Ernesto, que viria a ser Che Guevara.
Estão todos convidados!!!
O Segredo da Vitória é o povo.
Hasta La Victoria Siempre.

16/06/2008

VIOLÊNCIA E CORRUPÇÃO NO GOVERNO YEDA CRUSIUS (PSDB-RS)

Por Marcelo Salles, da redação

A Comissão Pastoral da Terra, o MST e outras entidades criticaram duramente o governo Yeda Crusius (PSDB-RS), acusado de corrupção e fraude na contratação de empresas pelo Detran regional, com um prejuízo estimado em R$ 44 milhões aos cofres públicos. Em nota divulgada nesta quinta-feira (12/6), movimentos sociais afirmam que a corrupção do governo tucano faz parte do mesmo projeto político que criminaliza os trabalhadores que lutam por seus direitos.
“O Rio Grande do Sul vive um Estado de Exceção. Toda e qualquer manifestação social é reprimida com violência pela Brigada Militar sob ordens da Governadora Yeda Crusius. São freqüentes os episódios de trabalhadores e trabalhadoras algemados, feridos com balas de borracha e atingidos por bombas de gás lacrimogênio e pimenta. Professores, metalúrgicos, sem terras, desempregados... a violência do Estado contra os pobres é cotidiana nas abordagens da polícia para os trabalhadores, sejam nos bairros, sejam nos movimentos sociais”, diz a nota.
Para o Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul, a quadrilha atuava em diversas frentes. “O esquema contava com cerca de 10 (dez) advogados, entre os quais alguns de grande renome em seu meio, cinco profissionais de contabilidade, dois economistas, psicóloga, administradores de empresas e engenheiros, dentre outros. Vários deles, ainda, acumulavam funções acadêmicas, sendo ‘formadores de opinião’ no seio acadêmico”. Leia aqui a íntegra da denúncia.
Além disso, o MP reconheceu a participação de órgãos de imprensa e agências de publicidade na proteção da imagem do grupo. “Os denunciados integrantes da quadrilha não descuidavam da imagem dos grupos familiares e empresariais, bem assim da vinculação com a imprensa. O grupo investia não apenas na imagem de seus integrantes, mas também na própria formação de uma opinião pública favorável aos seus interesses, ou seja, aos projetos que objetivavam desenvolver. A busca de proximidade com jornais estaduais, aportes financeiros destinados a controlar jornais de interesse regional, freqüentes contratações de agências de publicidade e mesmo a formação de empresas destinadas à publicidade são comportamentos periféricos adotados pela quadrilha para enuviar a opinião pública, dificultar o controle social e lhes conferir aparente imagem de lisura e idoneidade”.
Os movimentos sociais que atuam no Rio Grande do Sul também chamaram a atenção para a relação do governo Yeda Crusius (PSDB-RS) com empresas acusadas de causar danos ao meio-ambiente. “A corrupção também é institucionalizada e formalizada nos financiamentos de campanha. A Governadora foi financiada por grandes grupos financeiros e por empresas transnacionais. Apenas três empresas de celulose - Stora Enso, Aracruz Celulose e a Votorantim - doaram meio milhão de Reais para a campanha Yeda. E o agradecimento às doações são pagos em políticas da governadora: desregulamentação ambiental para beneficiar a compra de áreas por papeleiras, fechamento de salas de aulas e turmas de Educação de Jovens e Adultos, privatização do Banrisul, concessões fiscais aos financiadores da sua campanha”, afirma o texto.
Fonte: Fazendo Média

15/06/2008

Convenção dos Metalúrgicos - chapa do Sindicato já está definida

A etapa final da nossa Convenção aconteceu no domingo, dia 8 de junho, em Campinas. Depois de ter reunido 2746 trabalhadores e trabalhadoras nas etapas de Indaiatuba, Nova Odessa e Sumaré.
A etapa de Campinas reuniu 1716 votantes, que definiu a chapa do Sindicato para a eleição, que acontecerá em julho.A etapa final confirmou os números já mostrados nas etapas anteriores e a ASS (Alternativa Sindical Socialista) garantiu a totalidade da chapa do Sindicato, já que as demais correntes sindicais não conseguiram os 10% dos votos necessários para garantir presença na chapa, conforme determina o regimento da Convenção.
Quatro correntes participaram das discussões e debates para montagem da chapa nas quatro etapas da Convenção:

ASS - Alternativa Sindical Socialista,
CSC - Corrente Sindical Classista,
APS - Alternativa Popular Socialista e Conlutas.
Em breve, divulgaremos maiores informações e as data da eleição do nosso Sindicato. Acompanhe abaixo o resultado das Convenções:
Indaiatuba:
ASS....................879 votos
CSC.....................52 votos
APS....................120 votos
Conlutas................93 votos
Nova Odessa:
ASS....................523 votos
CSC.....................84 votos
APS.....................31 votos
Conlutas................55 votos
:Sumaré
ASS...................... 537
votosCSC........................100
votosAPS........................92 votos
Conlutas.................85 votos
Campinas:
ASS...................... 1311 votos
CSC........................115 votos
APS........................156 votos
Conlutas.................132 votos
Total Geral da Convenção
ASS...................... 3250 votos (74,46%)
CSC........................351 votos (8,04%)
APS........................399 votos (9,14%)
Conlutas.................365 votos (8,36%)