03/05/2008

Atididade de formação

Neste sábado, dia 03 de Maio de 2008, o Comitê Intermunicipal do Partido Comunista Brasileiro - PCB realiza em Campinas/SP atividade de formação teórica aberta ao público em geral.
Esta atividade é parte de um programa de formação política que será realizado pelo Partido na cidade de Campinas ao longo do mês de Maio, por isso convidamos os militantes, simpatizantes e interessados para participar desta primeira etapa de nosso curso: HISTÓRIA DA CLASSE OPERÁRIA E DO MOVIMENTO COMUNISTA.
Local: Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas, rua Dr. Quirino, 560, Centro, Campinas
Dia: 03 de maio (sábado)Horário: 14:30 horas

02/05/2008

1º de Maio – Dia Mundial do Trabalho

O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris. A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época.
Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade. Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.
Em memória dos mártires de Chicago, das reivindicações operárias que nesta cidade se desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalho.
Fonte: IBGE / Ministério do Trabalho

Dia do Trabalhador

No dia do trabalhador - o Primeiro de Maio -, o PCB esteve presente, em conjunto com outros partidos de esquerda, entidades sindicais - como a Intersindical - e diversos movimentos sociais lutando por mais e empregos, pela bandeira de "nenhum direito a menos", contra as reformas sindical, trabalhista, universitária e da previdência. Na Lapa, no Rio de Janeiro, na Praça da Sé, em São Paulo, e em praticamente todas as capitais do país foram realizados Atos políticos e manifestações culturais que reuniram um número bastante significativo de trabalhadores que fizeram deste 1º de Maio um verdadeiro Dia de Luta. Os militantes do PCB marcaram sua presença em grande número, com barracas, bandeiras, faixas e muita animação. Dirigentes do Partido fizeram uso da palavra, defendendo, além, das bandeiras gerais, a necessidade de ampliar o movimento e avançar na luta pela unidade dos trabalhadores.

1º de Maio de Luta em todo o Brasil

Ontem, dia 1º de maio de 2008, milhares de trabalhadores se mobilizaram nas principais capitais do Brasil, construindo um ato classista e unindo forças contra o avanço do neoliberalismo e a precarização das relações de trabalho.
O Partido Comunista Brasileiro esteve presente junto da Intersindical, das Pastorais Sociais, do MTST, do MST, e exerceu importante papel na construção e condução deste importante ato unificado dos trabalhadadores brasileiros.
Em São Paulo mais de 3 mil pessoas estiveram reunidas na praça da sé, numa demonstração de união e comprometimento com a construção do socialismo e a superação das classes sociais. O ato relembrou ainda os 40 anos do primeiro de maio de 1968 quando operários unidos mudaram a história do movimento em todo o mundo.

30/04/2008

1º de Maio, dia de lua

1º de maio
Dia de luta Emprego, moradia, terra e direitos sociais
40 anos de luta – 1968 a 2008
Contra as reformas do governo Lula
Emprego e salário digno para todos
Reforma agrária e urbana
Solidariedade às lutas dos povos na Palestina, Iraque e Haiti
ATO PÚBLICO NA PRAÇA DA SÉ DIA 1º de MAIO às 10:30 h SÃO PAULO – SP
Emprego, moradia, terra e direitos sociais
A classe trabalhadora continua vivendo sob precárias condições. A manutenção de um modelo econômico que privilegia o pagamento de juros aos bancos e especuladores impede a realização de investimentos nas áreas sociais. O serviço público – saúde, educação, moradia, transporte, saneamento – permanece sendo desmontado, com prejuízo aos servidores e à grande maioria da população.
Também no governo Lula, não houve medidas efetivas para reverter o quadro de barbárie social. O lucro dos bancos e dos grandes monopólios demonstra, de fato, quem são os beneficiários do modelo econômico. A reforma agrária tão necessária regride com o avanço do agronegócio. A ausência de moradia popular deixa milhares de trabalhadores e trabalhadoras sem teto. Os direitos da classe trabalhadora são retirados, seja por meio de reformas, seja por meio de Medidas Provisórias, ou mesmo através das terceirizações. Os recursos naturais são exauridos com a ganância do grande capital. Basta ver o que acontece na Amazônia ou no Vale do Ribeira, com a construção de barragens que agridem o meio ambiente.
No plano estadual, Serra e Kassab preparam privatizações, além de atacar os serviços públicos e responsabilizar os servidores pela falência de seus governos.
Apesar disso, as trabalhadoras e trabalhadores resistem. Os sem-teto realizam importantes jornadas em defesa da moradia popular. Os sem-terra continuam na luta por reforma agrária e contra as multinacionais. Os metalúrgicos da GM rejeitaram a redução de direitos e os servidores estão lutando contra os ataques do governo. Os movimentos sociais lutam pela tarifa social de energia e muitos setores estão contra a transposição do Rio São Francisco. A juventude continua mobilizada contra as políticas privatistas na educação.
Não é só no Brasil que os trabalhadores lutam. Os povos do Iraque, na Palestina, no Haiti, entre outros, lutam contra tropas de ocupação a serviço do grande capital. Na Europa, ressurgem movimentos grevistas. Em vários lugares, o povo recusa os Tratados de Livre Comércio que só visam aumentar os lucros dos capitalistas. Na América Latina, a luta dos povos reafirma a soberania nacional. 1º de maio não é dia de festas ou sorteios
A Força Sindical e a CUT, ao invés de lutarem, vão realizar shows e sorteios no 1º de maio. Esses shows são financiados por grandes empresas, bancos e estatais, as mesmas que exploram os trabalhadores. Farão atos festivos para apoiar o governo e tentar enganar o povo. 1º de maio é dia de luta
Esse ano completará 40 anos do histórico 1º de maio de 1968. Em plena ditadura militar, os trabalhadores derrubaram o palanque dos pelegos e expulsaram o governador biônico para reafirmar a independência de classe e a luta pela transformação social.
Os governos e os poderosos não admitem a luta do nosso povo em defesa de melhores condições de vida. Os movimentos que lutam organizadamente são tratados como criminosos pelo estado e patrões. Cresce a repressão sobre os movimentos sociais.
Ainda assim, sabemos que só a luta muda a vida para defender emprego e salário dignos, moradia decente para todos, reforma agrária e mudanças reais na economia para construir um Brasil que dê perspectivas de vida para nossa juventude.
Nosso 1º de maio na Sé vai levantar alto nossas reivindicações. Além de resistir aos ataques e defender nossos direitos, vamos reafirmar a luta pela construção de uma sociedade justa, livre, igualitária, solidária e socialista.
PARTICIPE VOCÊ TAMBÉM DESSA ATIVIDADE CONVERSE COM SEUS AMIGOS E AMIGAS AJUDE A CONSTRUIR A GRANDE ATIVIDADE DO 1º DE MAIO DE LUTA NA PRAÇA DA SÉ SÃO PAULO – SP
DIVULGAÇÃO:SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO PCB-SP

29/04/2008

NOTA DO MST: POR QUE ESTAMOS EM LUTA

A Reforma Agrária está parada. Cresce a concentração fundiária, os assentamentos não recebem apoio efetivo, aumenta a violência contra os sem-terra e a impunidade dos latifundiários e do agronegócio. O Massacre de Eldorado de Carajás é o principal símbolo do descaso do Estado brasileiro com os trabalhadores rurais, com o povo brasileiro. Depois de 12 anos da chacina que assassinou 19 trabalhadores rurais, no município de Eldorado de Carajás, no Pará, no dia 17 de abril de 1996, pouco mudou para os sem-terra.

150 mil famílias continuam acampadas, as empresas do agronegócio avançam sobre o território brasileiro, conquistando terras que deveriam ser destinadas às trabalhadoras e trabalhadores rurais. O governo tem dado prioridade ao agronegócio. Só o Banco do Brasil emprestou 7 bilhões de dólares para 13 grupos econômicos, enquanto nossos assentamentos não recebem investimento suficiente.

Estamos nesta semana fazendo ocupações de terras, marchas, acampamentos, manifestações e protestos, em sedes de bancos públicos, secretarias e órgãos de governos federal e estaduais, em todas as regiões do país, cobrando assentamentos das famílias acampadas e por investimento nas áreas de assentamento para ampliar a produção e para a construção de habitações rurais.

A Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária do MST, neste mês de abril, denuncia a lentidão da Reforma Agrária, os efeitos negativos do agronegócio e apresenta propostas para reverter a situação. Precisamos mudar a política econômica vigente, que beneficia as grandes empresas e o capital financeiro, enquanto a população sofre com o desrespeito dos seus direitos sociais, previstos na Constituição, e com a falta de políticas públicas efetivas para enfrentar a desigualdade e a pobreza.

O Brasil está atrasado no processo de democratização da terra e na organização da produção para garantir a sustentabilidade dos pequenos e médios agricultores. Não podemos admitir a perpetuação do latifúndio, símbolo da injustiça no campo, tanto improdutivo como produtivo. A nossa jornada de lutas apresenta propostas de desenvolvimento para o campo brasileiro, defendemos um projeto de geração de emprego, com promoção de educação e saúde. Por isso, nessa jornada exigimos do governo federal:

1- Retomada das desapropriações de terra e assentamento das famílias acampadas por todo o país. Famílias de trabalhadores rurais permanecem anos e anos embaixo da lona preta na luta pela Reforma Agrária: - Plano emergencial de assentamento de todas as 150 mil famílias acampadas - Alteração dos índices de produtividade - Criar um mecanismo que acelere os trâmites internos para os processos de desapropriação - Aprovação do projeto de lei que determina que as fazendas que exploram trabalho escravo sejam destinadas para Reforma Agrária - Destinar áreas hipotecadas no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal para a Reforma Agrária

2- Criação de uma linha de crédito específica para assentamentos, que viabilize a produção de alimentos para a população das cidades. O Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) não considera as especificidades das áreas de Reforma Agrária. A burocracia dificulta que as famílias assentadas tenham acesso ao programa.

O Incra, como instrumento do governo, deve criar uma nova linha de crédito com o objetivo de criar as condições estruturais de produção e de infra-estrutura social, na modalidade de fomento, para estruturar os assentamentos nos primeiros anos, incentivando formas comunitárias de associação. Defendemos também a criação de um novo crédito bancário para estruturação da base produtiva nos assentamentos. O governo deve garantir a aquisição de toda a produção, por meio da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), com preços justos e seguro agrícola.

3- O MST vem desenvolvendo junto com o Incra, em parceria com a Caixa Econômica Federal, um programa de reforma e construção de casas no meio rural e em especial nos assentamentos de Reforma Agrária. O total da demanda para a habitação rural para 2007 era de 100 mil unidades, de acordo com o grupo de trabalho composto por movimentos sociais. O governo prometeu conceder crédito para a construção de 31 mil unidades até o final do ano passado. Até agora, foram contratadas apenas 8 mil unidades, sendo que somente 2 mil foram destinadas para assentamentos.

Por isso, reivindicamos a contratação de todos os projetos que se encontram na Caixa Econômica Federal até julho de 2008 e o atendimento da demanda de 100 mil habitações rurais para o ano de 2008. Pedimos também a criação de um programa específico de habitação rural, desburocratizado e que atenda as especificidades do meio rural, coordenado pelo Incra em parceria com os movimentos sociais que atuam no campo para atender todas as famílias assentadas.

O Brasil precisa de um novo modelo agrícola, que dê prioridade à agricultura familiar voltada ao mercado interno, aos pobres do país. Com isso, vamos garantir a nossa soberania alimentar e produzir comida para os 80 milhões de brasileiros que não têm acesso suficiente aos alimentos. A Reforma Agrária e o fortalecimento da agricultura familiar é uma premissa fundamental para a construção de um país com justiça social e soberania popular.

DIREÇÃO NACIONAL DO MST