08/06/2008

ALSTOM: jn TRATA DE ROUBALHEIRA E POUPA OS TUCANOS

Paulo Henrique Amorim
Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
O jn se inspira nos princípios éticos de seu Ratzinger, o editor Ali Kamel, aquele que não noticiou a queda do avião da Gol para levar a eleição de 2006 para o segundo turno.
Ali Kamel defende a tese de que a só a grande imprensa pode ser livre e independente por causa da publicidade.
A grana dá independência, diz ele.
Deve ser o que explica o fato de o jn de ontem, sexta-feira, dia 6, exibir reportagem sobre a roubalheira dos tucanos com a Alstom – clique aqui para ler entrevista com o deputado Ivan Valente, do PSOL – e, em nenhum momento, informar que aquilo tudo se deu – e se dá ? – na iluminada gestão dos tucanos em São Paulo.
Não há qualquer referência a quem governava São Paulo quando os tucanos meteram a mão na grana.
Deve ter sido coisa da Marta, diria o "presidente eleito" José Serra.
Leia o texto da reportagem na íntegra, tal qual apareceu no site do jn:
Justiça questiona contrato da Alstom com o Metrô de SP. Lei federal permite que contratos durem no máximo cinco anos, mas, neste caso, vigorou por sete anos e custou ao estado, segundo a bancada estadual do PT, cerca de R$ 500 milhões.

A Procuradoria da Justiça na Suíça enviou ao Brasil documentos sobre a investigação de pagamento de propina por parte da multinacional francesa Alstom em licitações públicas. Um contrato com o metrô de São Paulo está sob suspeita. A ampliação e reforma do centro de controle de operações do metrô foi prevista num contrato de 94. O documento assinado com a CMW Equipamentos, controlada pela francesa Alstom, foi questionado no ano seguinte pelo Tribunal de Contas do estado, que quis saber por que o contrato de 55,776 milhões URVs tinha apenas um valor estimado e não definitivo. O tribunal também estranhou que a duração dele não estava estipulada. Lei federal permite que contratos durem no máximo cinco anos, mas, neste caso, vigorou por sete anos e custou ao estado, segundo a bancada estadual do PT, cerca de R$ 500 milhões. "Está absolutamente caracterizada a irregularidade. As manifestações são do Tribunal de Contas do estado de São Paulo e há uma investigação em andamento do Ministério Público da Suíça", afirmou Roberto Felício, líder do PT na Assembléia. A Procuradoria de Justiça da Suíça já enviou ao Brasil um documento com detalhes sobre a investigação na Alstom. A suspeita é de que a empresa francesa pagou propinas para vencer as licitações. A edição desta sexta do jornal Folha de São Paulo diz que a filial suíça da Alstom usou empresas com sede em paraísos fiscais e serviços de doleiros brasileiros para movimentar US$ 1 milhão que teriam sido utilizados para as propinas. Segundo o jornal, documento do Ministério Público suíço revela que o dinheiro foi de Zurique, na Suíça, para as Ilhas Virgens britânicas, um paraíso fiscal. De lá, para Nova York, nos Estados Unidos. Depois, transferido para contas no Brasil e no exterior. A Polícia Federal diz ter identificado um dos doleiros e que ele vai colaborar em troca de benefícios em caso de condenação. O metrô de São Paulo informou que está colaborando espontaneamente com a Justiça e que publicou os contratos com a Alstom relativos ao período investigado, além de ter criado uma comissão de sindicância.
Suspeita-se de outra grossa roubalheira dos tucanos do Rio Grande do Sul.
É o que mostra a Folha (da Tarde *) na página A13, deste sábado.
Não só nas estatais estaria a roubalheira tucana.
Mas, como em São Paulo – esse parece ser um traço característico dos governos tucanos, roubar nas carteiras de motoristas –, os tucanos do Rio Grande do Sul tinham um “esquema” para levar dinheiro para casa com as carteiras de motorista.
Clique aqui para ler como os delegados da Polícia tucana de São Paulo levavam (levavam ?) grana nas carteiras de motoristas.
Quando o jn fizer reportagem sobre o assunto, de novo, Ali Kamel usará da “independência” da Globo para mostrar o roubo e esconder o ladrão.
Fonte: Conversa Afiada

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