22/10/2008

DE CARACOLLO A LA PAZ, DO NEOLIBERALISMO PARA A LIBERTAÇÃO

Declaração do Partido Comunista da Bolívia (PCB) Mais uma vez o povo boliviano foi às ruas, demonstrando ao imperialismo e ao fascismo sua combatividade diante da fracassada tentativa de golpe, por suas legítimas reivindicações, pelo aprofundamento do processo de mudanças liderado pelo companheiro Evo Morales e pela aprovação da nova Constituição Política do Estado, aprovada em Oruro. Agora deve-se continuar a luta popular e democrática até que se extermine política e economicamente o inimigo de classe.
Estão equivocados os que acreditam que conseguiram derrotá-los com a nacionalização das empresas estratégicas e com o retumbante triunfo no referendo revogatório. Do mesmo modo, estão os que dão rédeas à oligarquia, que com o nome de PODEMOS e com aparência democrática, querem alterar, a seu modo, a nova Lei Fundamental da Assembléia Constituinte no Congresso Nacional. Alerta companheiras e companheiros, perante um inimigo entocado que acumula armamentos para dar um golpe, em aliança com os que fingem apoiar o processo de mudanças. Alerta perante aqueles juízes e promotores que respaldam os contra-revolucionários "unionistas" e pseudo-cívicos que cometeram atos criminosos de violência na Meia Lua e dilapidaram os recursos do IDH (Imposto Direto de Hidrocarbonetos).
Se não houver a justiça nas mãos do povo, não se poderá ajustar as contas com os conspiradores e entreguistas que a embaixada norte-americana sustenta para recuperar o espaço perdido pela direita no presente avanço do movimento de massas. Neste quadro, devemos unir numa frente anti-imperialista, anti-oligárquica e anti-latifundiária este povo que consolidou o processo de mudanças, com mais de 67% de votos.
Com a atual mobilização, devemos nos preparar para o próximo referendo para a aprovação do novo texto constitucional, ainda que os opositores, num Senado residualmente neoliberal, tratem de bloquear a lei de convocatória. Assim como se tem produzido uma crescente onda popular a favor do resgate de recursos naturais em vários países da América Latina, na Bolívia o povo está estruturando a unidade orgânica dos trabalhadores em torno da Central Operária Boliviana, da CONALCAM e dos partidos políticos com trajetória anti-imperialista reconhecida, moldando a sua própria alternativa de poder. Assim se poderá consolidar a nacionalização das empresas estratégicas que ainda permanecem nas mãos da oligarquia.
Só assim se poderá liquidar o latifúndio improdutivo. Assim o povo poderá excluir os que sabotam, de dentro e de fora do governo, o curso revolucionário. Só assim se poderá separar os setores amarelos e aventureiros que co-governaram com as ditaduras, e que agora tratam de se reorganizar para se vender a quem oferecer o melhor preço. Assim diremos com certeza que o processo caminha até a vitória final, sem aqueles que põem pedras para a revolução.
VIVA A MARCHA ANTI-IMPERIALISTA, ANTI-OLIGÁRQUICA E ANTI-LATIFUNDIÁRIA VIVAM OS SETORES SOCIAIS QUE LUTAM PELO PROCESSO DE MUDANÇAS VIVA A UNIDADE DOS TRABALHADORES DO CAMPO E DA CIDADE A REAÇÃO FASCISTA NÃO PASSARÁ VIVA A CENTRAL OPERÁRIA BOLIVIANA, A CONALCAM E O POVO BOLIVIANO AO RESGATE DA PÁTRIA, RUMO AO SOCIALISMO!
La Paz (5o. Aniversário da queda de Sánchez de Lozada), outubro de 2008 COMISSÃO POLÍTICA PCB - PARTIDO COMUNISTA DA BOLÍVIA.

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