16/07/2008

Petrobras bate recorde em junho

Do Rio de Janeiro
A Petrobras bateu recordes de produção de petróleo e gás natural no Brasil durante o mês de junho. No caso do petróleo, o volume produzido chegou a 1,867 milhão de barris por dia, 0,7% superior ao recorde anterior, registrado em dezembro de 2007. Já no caso do gás, a produção média no mês foi de 53,372 milhões de metros cúbicos por dia, ou 6,6% a mais do que o recorde atingido em maio deste ano.Em nota distribuída ontem, a estatal creditou o bom desempenho ao início das operações de novos poços nas plataformas P-52 e P-54, no campo de Roncador, e nos campos de Albacora, Albacora Leste e Marlim, todos na Bacia de Campos. A reversão da curva de declínio de campos antigos nas regiões Norte e Nordeste também contribuiu para o desempenho, diz o texto.No Exterior, a companhia também obteve bons resultados em junho: a produção de petróleo cresceu 4,36% na comparação com maio, para 117,2 mil barris por dia; e a de gás teve alta de 12,75%, para 17,144 milhões de metros cúbicos por dia. Somando todas as suas operações, a estatal produziu durante o mês passado uma média de 2,421 milhões de barris de óleo equivalente (somado ao gás) por dia.
A descoberta de petróleo no Espírito Santo, divulgada anteontem pela Petrobras, tem mais valor pela proximidade com o campo de Golfinho do que pelo volume de reservas encontrado. A opinião é de analistas do mercado financeiro, que classificaram como positivo o anúncio da nova jazida, que, segundo estimativas preliminares, tem 150 milhões de barris de petróleo de boa qualidade. O volume foi considerado pequeno — segundo a corretora Ativa, representa apenas 1,35% das reservas provadas combinadas da estatal (que somam óleo e gás). “Mas o mais importante é qualidade do óleo e a localização, próxima a infra-estrutura já instalada no campo de Golfinho”, disse, em relatório, a analista da Ativa Mônica Araújo.A nova jazida está localizada a apenas 13,5 quilômetros da plataforma FPSO Vitória, onde devem ser conectados os novos poços. “É sempre uma notícia positiva, mas o volume não é muito significativo”, concorda o analista da corretora Ágora, Luis Otávio Broad. Ele lembra ainda que a notícia ontem foi ofuscada pela forte queda do petróleo no mercado internacional, que vem puxando para baixo as ações da estatal.
Greve
Os sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) aprovaram ontem uma paralisação nacional de 48 horas, desta vez sem parada na produção, a partir de amanhã. O objetivo é forçar a companhia a apresentar nova proposta de distribuição da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), além de demonstrar apoio aos trabalhadores da Bacia de Campos, que iniciaram na segunda-feira uma paralisação de cinco dias. Ontem, a Petrobras informou que a produção nas plataformas de Campos foi totalmente normalizada.
Na paralisação de amanhã, os grevistas vão apenas tentar impedir a troca de turno nas refinarias da estatal. “Com certeza, a Petrobras vai fazer planos de contingência também para as refinarias, afirmou o diretor da FUP, José Genivaldo da Silva. Na semana que vem, as lideranças sindicais se reúnem novamente para avaliar a possibilidade de uma mobilização nacional com parada na produção de refinarias, terminais e plataformas de produção em outros Estados. Os empregados da Bacia de Campos entraram hoje no segundo dia de greve, mas a Petrobras conseguiu normalizar a produção na região, colocando equipes de contingência em todas as 33 plataformas que haviam aderido ao movimento.
Fonte: Agência Estado

Nenhum comentário:

Postar um comentário