Segue abaixo relato de um trabalhador da Sadia de Chapecó/SC. As condições de trabalho são duras, os salário são baixos e o sindicato compactua com a exploração da empresa. A Sadia demonstra que o capitalismo não tem nada de saudável.
Companheiras e companheiros,
gostaria de fazer um breve relato da situação dos trabalhadores da Sadia em Chapecó (SC) e pedir a vocês apoio financeiro e também de militantes para que possamos tocar a campanha da oposição sindical na cidade.
Faz 22 anos que o sindicato da indústria de carnes não realiza eleições. Como previa o Estatuto desta entidade até o início deste ano, no caso de 10% da diretoria desistir do cargo, o sindicato convocaria nova assembléia para preencher essas vagas e renovaria por 5 anos o mandato dos demais dirigentes. Além disso, o Estatuto também previa a expulsão de qualquer membro da direção do sindicato que atentasse contra a harmonia entre capital e trabalho (isso estava literalmente escrito no texto estatutário).
Aqui o Sitracarnes é dirigido pela Farsa Sindical. Apesar de os trabalhadores receberem em torno de R$600,00 a R$800,00, dois dos dirigentes deste sindicato já chegaram a declarar para a receita federal um patrimônio de R$ 4 milhões, no caso do dirigente mais jovem, e de R$20 milhões, no caso do dirigente mais antigo. Esse status desses dirigentes coloca em evidência a máfia que está instalada nesse sindicato e que precisa ser demovida.
A situação dos trabalhadores da Sadia é trágica. Além de receberem salários baixos, de um universo de 5 mil trabalhadores, cerca de 1 mil estão afastados com problemas de saúde contraídos no trabalho. O ritmo de trabalho por aqui é intenso. Cada trabalhador precisa desossar um frango em oito segundos na água gelada, o que tem causado paralisia ou falência de membros do corpo. O problema todo é que a atual e velha gestão do sindicato nunca empreendeu esforços contra esse tipo de superexploração do trabalho. Há muitos casos de selvageria contra os trabalhadores na empresa. Os trabalhadores relatam que, num acidente de trabalho, um dos trabalhadores da Sadia chegou a perder a perna em uma das máquinas e que havia a possibilidade de esta perda ser parcial (até os joelhos). No entanto, a empresa para salvar a máquina preferiu que ele perdesse também a parte superior da perna. Depois disso o tal S de Sadia chegou a afirmar que a responsabilidade pela prótese da perna amputada deveria ser do INSS e não da empresa como seria de esperar. Tempos de barbárie no sul do Brasil.
Para se beneficiar da exploração do trabalho, a Sadia tem pagado ônibus para os trabalhadores que habitam cerca de 3, 4 ou 5 horas da cidade. Boa parte deles são indígenas que vivem em comunidades próximas a Chapecó. Isso significa que cada trabalhador gasta entre 6 a 10 horas diárias só para se locomover até o trabalho.
Diante dessa situação brutal, há três anos, alguns companheiros começaram a organizar clandestinamente na cidade a oposição sindical. Tratava-se de um trabalho difícil e árduo, tendo em visto a quase nula experiência dos trabalhadores em atividades políticas, a repressão e a ameaça de morte e de demissão por parte da empresa e dos dirigentes do sindicato. Felizmente, esses trabalhadores contaram com o apoio de um Procurador da República que moveu uma ação no Ministério Público, visando promover um processo eleitoral para a escolha da direção do sindicato. Ontem, essa organização deixou de ser clandestina quando os militantes dos diferentes movimentos e organizações políticas e os trabalhadores da empresa conseguiram inscrever a chapa de oposição. A eleição ocorrerá no dia 1o de setembro e a campanha da oposição sindical não será nada fácil. Para se ter uma ideia, na primeira panfletagem que conseguimos realizar na porta da Sadia, o ônibus que transportava os militantes que apóiam ou compõem a oposição sindical foi perseguido por cinco carros importados dirigidos por dirigentes ou capangas do sindicato. Só conseguimos despistar a máfia sindical depois de pararmos o ônibus em frente a delegacia de polícia e solicitarmos uma escolta até o lugar onde queríamos chegar.
Enfim camaradas, contra a barbárie capitalista que assola os trabalhadores da Sadia e contra a máfia sindical que está instalada no Sitracarnes, solicito de vocês apoio financeiro e, se possível, envio de militantes para Chapecó, para que possamos realizar essa campanha e tomar esse sindicato da Farsa Sindical. Várias organizações têm apoiado esse movimento: MST, Conlutas, Intersindical, CUT, Consulta Popular etc., mas é preciso agregar forças, pois a batalha não será fácil. As chances de conquistar a direção do sindicato são grandes e a panfletagem que fizemos deixou muito clara a insatisfação dos trabalhadores com a empresa e com o sindicato.
Estamos confiantes e achamos que a vitória é possível.
Faz 22 anos que o sindicato da indústria de carnes não realiza eleições. Como previa o Estatuto desta entidade até o início deste ano, no caso de 10% da diretoria desistir do cargo, o sindicato convocaria nova assembléia para preencher essas vagas e renovaria por 5 anos o mandato dos demais dirigentes. Além disso, o Estatuto também previa a expulsão de qualquer membro da direção do sindicato que atentasse contra a harmonia entre capital e trabalho (isso estava literalmente escrito no texto estatutário).
Aqui o Sitracarnes é dirigido pela Farsa Sindical. Apesar de os trabalhadores receberem em torno de R$600,00 a R$800,00, dois dos dirigentes deste sindicato já chegaram a declarar para a receita federal um patrimônio de R$ 4 milhões, no caso do dirigente mais jovem, e de R$20 milhões, no caso do dirigente mais antigo. Esse status desses dirigentes coloca em evidência a máfia que está instalada nesse sindicato e que precisa ser demovida.
A situação dos trabalhadores da Sadia é trágica. Além de receberem salários baixos, de um universo de 5 mil trabalhadores, cerca de 1 mil estão afastados com problemas de saúde contraídos no trabalho. O ritmo de trabalho por aqui é intenso. Cada trabalhador precisa desossar um frango em oito segundos na água gelada, o que tem causado paralisia ou falência de membros do corpo. O problema todo é que a atual e velha gestão do sindicato nunca empreendeu esforços contra esse tipo de superexploração do trabalho. Há muitos casos de selvageria contra os trabalhadores na empresa. Os trabalhadores relatam que, num acidente de trabalho, um dos trabalhadores da Sadia chegou a perder a perna em uma das máquinas e que havia a possibilidade de esta perda ser parcial (até os joelhos). No entanto, a empresa para salvar a máquina preferiu que ele perdesse também a parte superior da perna. Depois disso o tal S de Sadia chegou a afirmar que a responsabilidade pela prótese da perna amputada deveria ser do INSS e não da empresa como seria de esperar. Tempos de barbárie no sul do Brasil.
Para se beneficiar da exploração do trabalho, a Sadia tem pagado ônibus para os trabalhadores que habitam cerca de 3, 4 ou 5 horas da cidade. Boa parte deles são indígenas que vivem em comunidades próximas a Chapecó. Isso significa que cada trabalhador gasta entre 6 a 10 horas diárias só para se locomover até o trabalho.
Diante dessa situação brutal, há três anos, alguns companheiros começaram a organizar clandestinamente na cidade a oposição sindical. Tratava-se de um trabalho difícil e árduo, tendo em visto a quase nula experiência dos trabalhadores em atividades políticas, a repressão e a ameaça de morte e de demissão por parte da empresa e dos dirigentes do sindicato. Felizmente, esses trabalhadores contaram com o apoio de um Procurador da República que moveu uma ação no Ministério Público, visando promover um processo eleitoral para a escolha da direção do sindicato. Ontem, essa organização deixou de ser clandestina quando os militantes dos diferentes movimentos e organizações políticas e os trabalhadores da empresa conseguiram inscrever a chapa de oposição. A eleição ocorrerá no dia 1o de setembro e a campanha da oposição sindical não será nada fácil. Para se ter uma ideia, na primeira panfletagem que conseguimos realizar na porta da Sadia, o ônibus que transportava os militantes que apóiam ou compõem a oposição sindical foi perseguido por cinco carros importados dirigidos por dirigentes ou capangas do sindicato. Só conseguimos despistar a máfia sindical depois de pararmos o ônibus em frente a delegacia de polícia e solicitarmos uma escolta até o lugar onde queríamos chegar.
Enfim camaradas, contra a barbárie capitalista que assola os trabalhadores da Sadia e contra a máfia sindical que está instalada no Sitracarnes, solicito de vocês apoio financeiro e, se possível, envio de militantes para Chapecó, para que possamos realizar essa campanha e tomar esse sindicato da Farsa Sindical. Várias organizações têm apoiado esse movimento: MST, Conlutas, Intersindical, CUT, Consulta Popular etc., mas é preciso agregar forças, pois a batalha não será fácil. As chances de conquistar a direção do sindicato são grandes e a panfletagem que fizemos deixou muito clara a insatisfação dos trabalhadores com a empresa e com o sindicato.
Estamos confiantes e achamos que a vitória é possível.
Portanto, à luta.
estou com tigo ta mais do que na hora de tirar esses filho da .... do poder chega de roubo
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