30/05/2008

Violência acompanha crescimento econômico

Pedro Carranode Curitiba (PR)
Uma das regiões de maior conflito entre o capital, movimentos sociais e povos originários é a faixa de expansão do agronegócio que abarca os Estados de Mato Grosso, Pará e Rondônia. De acordo com dados da entidade, 54% do total dos conflitos de terra no Brasil aconteceram nessa faixa da Amazônia. Esse modelo foi implantado na região desde a expansão da fronteira agrícola, realizada durante a ditadura militar, nas décadas de 1970 e 1980. Também é a área com maior índice de trabalho escravo. “A incidência de trabalho escravo está concentrada nas regiões de expansão agropecuária da Amazônia e do Cerrado”, descreve Leonardo Sakamoto, da agência de notícias Repórter Brasil. Os municípios ao redor dos projetos econômicos contam com um grande inchaço populacional. Atualmente, os interesses econômicos, de acordo com José Batista Afonso, da CPT, estão no crescimento do negócio da pecuária, do minério de ferro e da soja no mercado mundial (o Brasil tornou-se o maior exportador mundial do grão), expandindo a produção sobre a floresta amazônica e causando a repressão dos trabalhadores assentados na região. “Com o aquecimento do valor de commodities internacionais e créditos, a violência contra pessoas e florestas aumenta”, argumenta Batista. Segundo dados da própria entidade, em 2007, foram registrados 905 manifestações contra as arbitrariedades das empresas e departamentos governamentais.

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