11/02/2009

Conservadores e direita radical avançam na eleição em Israel

Os conservadores e a direita radical nunca foram tão fortes desde que Menahem Begin conseguiu em 1977 a primeira vitória do Likud. Os deputados conquistados pelos partidos da direita e a ultra-direita, os que representam o voto dos colonos, e dos ultra-ortodoxos chegaram ao seu nível mais alto, beirando os 65. Antes eram 53. O Kadima de Tsipi Livni venceu as eleições, mas apenas pela margem mínima de um deputado. Resultado: tanto ela quanto Benjamin Netanyahu, do Likud, que ficou em segundo lugar, cantaram vitória.
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Esquerda.Net
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O Kadima de Tsipi Livni venceu as eleições israelenses, mas apenas pela margem mínima de um deputado. Resultado: tanto ela quanto Benjamin Netanyahu, do Likud, que ficou em segundo lugar, cantaram vitória. Ambos já se lançaram na corrida para tentar garantir uma coligação maioritária. O fiel da balança é o partido ultra-direitista Israel Beiteinou, de Avigdor Lieberman. Faltando apenas contar os votos dos israelenses no exterior, o Kadima obteve 28 lugares no Parlamento de Israel, perdendo um deputado.
O Likud, de Benjamin Netanyahu foi o partido que mais avançou, passando de 19 para os 27 lugares. No terceiro posto ficou o Israel Beiteinou, que subiu de 11 para 15 deputados, relegando para o quarto posto o Partido Trabalhista do ministro da Defesa, Ehud Barak, que elegeu 13 deputados, perdendo seis. O ultra-ortodoxo Shas perdeu um deputado, elegendo 11. Tzipi Livni declarou-se vitoriosa e exigiu o respeito pela vontade popular. "O povo escolheu o Kadima", proclamou Livni, defendendo que "agora é necessário respeitar a escolha dos eleitores, respeitar a decisão das urnas, e formar um governo de União Nacional sobre a nossa direcção".
Mas, a menos que consiga chegar a um acordo com o Likud ou com Lieberman, as hipóteses de Livni conseguir o apoio de 61 deputados parecem inexistentes. Consciente de que está melhor colocado na corrida para formar governo, Benjamin Netanyahu fez igualmente um discurso de vitória, apesar de ter ficado em 2º lugar. "O povo exprimiu-se claramente, o campo nacional, dirigido pelo Likud, regista um claro avanço", afirmou. Já Avigdor Lieberman deixou em aberto as suas opções, mostrando-se disposto a negociar com Livni e com Netanyahu, apesar de reconhecer que pende para o lado do Likud: "Nós sempre quisemos um governo nacional, um governo de direita e espero que o consigamos", disse. Lieberman defende que o próximo governo israelense tem de "derrotar o Hamas" e rejeitar qualquer negociação de tréguas. Os conservadores e a direita radical nunca foram tão fortes desde que Menahem Begin conseguiu em 1977 a primeira vitória do Likud.
Os deputados conquistados pelos partidos da direita e a ultra-direita, os que representam o voto dos colonos, e dos ultra-ortodoxos chegaram ao seu nível mais alto, beirando os 65. Antes eram 53. O afundamento do Partido Trabalhista, o fundador do Estado de Israel, com apenas 13 deputados, adquire dimensão histórica, comenta o diário espanhol El País. Logo depois da publicação dos resultados oficiais, dentro de uma semana, o presidente Shimon Peres deverá ouvir todos os partidos e decidir se nomeará a líder do maior partido, Tzipi Livni, ou o líder do maior bloco, Benjamin Netanyahu, para formar o novo governo. Quem quer que seja nomeado disporá de seis semanas para concluir a tarefa.
Fonte: Correio da Cidadania

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