27/10/2008

PCB SOLIDÁRIO COM A REVOLUÇÃO BOLIVARIANA E O PARTIDO COMUNISTA DA VENEZUELA


O PCB (Partido Comunista Brasileiro) considera que a revolução antiimperialista que se desenvolve na Venezuela, que conta com nossa solidariedade, não seria possível sem a liderança do Comandante Chávez, que extrapola as fronteiras de seu país.

Provavelmente, os positivos processos de mudanças sociais que se desenvolvem na Bolívia e no Equador, e talvez no Paraguai, teriam dificuldade de vicejar, não fora o pioneirismo da "revolução bolivariana", que também tem contribuído para ajudar Cuba a romper o famigerado bloqueio que lhe impõe o imperialismo norte-americano.

Mas, se é verdade que a revolução venezuelana não se faria sem Chávez, é também verdade que ela não se faz apenas com Chávez nem apenas com seu partido, o PSUV.

As possibilidades de transição ao socialismo dependem da unidade das distintas organizações revolucionárias e dos movimentos sociais, respeitadas suas identidades e autonomias e as diferenças entre elas.

Nesse sentido, preocupam ao PCB reiteradas declarações desrespeitosas do Presidente Chávez ao PCV (Partido Comunista da Venezuela), desde que esse nosso partido irmão resolveu não abrir mão de seus princípios e de sua história singular, de mais de 70 anos de luta pelo socialismo.

Equivoca-se o companheiro Hugo Chávez ao afirmar de público que fará "o PCV desaparecer", o que não foi possível na Venezuela nem às mais cruéis ditaduras da burguesia. O Partido Comunista só deixará de existir no mundo quando, derrotado o regime burguês, os trabalhadores e oprimidos instalarem a sociedade comunista.

Diante do agravamento da crise do capitalismo – que gerará mais agressividade dos círculos imperialistas – esperamos que as declarações do Comandante Chávez tenham sido mera incontinência verbal, em razão do clima pré-eleitoral.

Afinal de contas, uma revolução social pode não ser comunista; mas não pode ser anticomunista.

PCB (Partido Comunista Brasileiro)
Comissão Política Nacional
24 de outubro de 2008

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