13/12/2009

Impulsionam unidade da Frente Antiimperialista Latino-americana

Escrito por Tribuna Popular (jornal do Partido Comunista de Venezuela)

Terça-feira, 08 de dezembro de 2009-12-10

Partidos e movimentos de esquerda da América Latina impulsionam unidade da Frente Antiimperialista Latino-americana

Caracas, 08 de dezembro de 2009, Tribuna Popular TP. – Distintos representantes de movimentos sociais e partidos políticos de Esquerda da América Latina, se reúnem em Caracas, do dia 07 ao dia 09 de dezembro para constituir o Movimento Continental Bolivariano, semente da Frente Antiimperialista latino-americana, e para consolidar ações que impulsionem a luta ferrenha contra o intervencionismo estadunidense na região.

Entre as atividades, está a iniciativa promovida pelo Comitê de Solidariedade Internacional (COSI) e o Parlamento Latino-americano, que realizou nesta terça-feira na Sala Ana Julia Rojas da Universidade de Artes, o fórum “Ameaças Imperialistas e Resistência Popular rumo à Construção da Frente Imperialista”

O fórum contou com a exposição de Ivan Pinheiro, secretário geral do Partido Comunista Brasileiro (PCB), Pavel Blanco, representante do Partido dos Comunistas Mexicanos e o embaixador da Bolívia na Venezuela, Jorge Alvarado, os quais, a partir de uma visão crítica, dissertaram sobre o papel que deve exercer a Frente Antiimperialista Latino-americana diante da ameaça latente da instalação das sete bases militares estadunidenses na Colômbia e as contínuas ações de intervenção na região.

Coincidiram na necessidade de coordenar ações conjuntas, não de forma individual, como se vem fazendo em cada país, mas que sejam articuladas, visto que a luta é comum.

Nesse sentido, o representante brasileiro ressaltou: “como principais tarefas temos que lutar contra a presença das tropas militares dos Estados Unidos na América Latina e contribuir para criar na região uma frente antiimperialista e anticapitalista”.

Por sua vez, Pavel insistiu na rejeição das deformações históricas implantadas pelo sistema capitalista, e em levantar a bandeira comum rumo à formação de um novo sistema econômico que mantenha como eixo fundamental o capital humano.

“A intervenção dos Estados Unidos no continente, não só representa uma agressão, senão um novo controle colonialista para a semeadura do capitalismo”, acusou Pavel.

Igualmente apostam por manter a luta em apoio à Frente Nacional da Resistência contra o Golpe de Estado em Honduras e ao presidente constitucional, Manuel Zelaya, que viu violada sua soberania com umas eleições ilegítimas promovidas pelas forças lacaias dos Estados Unidos representadas na burguesia local, destacou Alvarado.

No entanto, foram críticos ao aceitar que ainda são isoladas as ações, e falta que toda a esquerda progressista gire em torno de um mesmo eixo sem importar as arestas.

O Congresso do Movimento Continental Bolivariano tem como propósito divulgar um documento que reúna os fundamentos sobre os quais se regerá a nova organização que nasce, e o processo de formação da Frente Antiimperialista e as ações que deverão ser empreendidas, assim como as medidas reguladoras e de supervisão para alcançar os objetivos.

Tradução: Valeria Maria Lima Campos

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