Partido Comunista da Grécia
08.Set.10
08.Set.10
O KKE sempre manifestou que era um engano acreditar num desenvolvimento contínuo do capitalismo, que resultaria num suposto benefício comum para trabalhadores e capitalistas. O KKE previu a crise, a inexorabilidade de um surto agudo, repentino e profundo que tornaria claras todas as contradições inter-imperialistas e sociais.
Frente aos dilemas que o inimigo de classe ao povo em torno da crise, a resposta do KKE é que não existe saída da crise a favor do povo, sem que se toque drasticamente nos lucros, no domínio e no poder dos monopólios.
A Grécia tem os seus pré-requisitos para criar e desenvolver uma economia popular auto-suficiente. Tem um nível satisfatório de concentração da produção, de meios de produção, uma extensa rede comercial e um nível adequado de desenvolvimento de tecnologias modernas. Tem uma mão-de-obra experiente e qualificada e tem recursos científicos.
O caminho para satisfazer os direitos populares contemporâneos, para que o nosso país confronte as intervenções e os antagonismos imperialistas, é que o povo tome o poder, detenha nas suas mãos o controlo da economia e da produção.
A proposta do KKE de saída da crise resume-se na consigna: «aliança popular anti-imperialista, antimonopolista, pelo poder popular».
Apesar do facto de no âmbito da aliança popular poderem existir forças com diferentes concepções sobre o poder, para nós comunistas, o poder popular não pode ser outro senão o socialismo.
Esta aliança popular tem os seguintes eixos programáticos básicos:
• Socialização dos concentrados meios de produção nos sectores de energia, telecomunicações, mineração, indústria, abastecimento e distribuição de água, transportes; que o sistema bancário, o comércio externo e a rede centralizada de comércio interno sejam propriedade social.• Sistemas exclusivamente públicos e universais de educação, saúde, de bem-estar e previdência sociais. Que a terra deixe de ser uma mercadoria, que não exista actividade empresarial nos sectores de educação, de saúde e de bem-estar social.• Desenvolvimento do sector cooperativo ao nível da pequena agricultura, em ramos de pequenos negócios e de trabalhadores autónomos, onde a concentração tenha um baixo nível de desenvolvimento.• Planificação central que formule os objectivos estratégicos para priorizar sectores e ramos da produção, para determinar onde forças e meios devem ser concentrados.
A base do poder popular serão as unidades de produção do sector socializado e das cooperativas, cujos representantes poderão ser substituídos e, em simultâneo, existirá o controlo operário popular da base ao topo.
Desde o seu surgimento, o poder popular confrontará a reacção imperialista organizada, interna e internacionalmente. A solução deste problema e a saída da Grécia da União Europeia e da NATO são inevitáveis. Essa Grécia popular não cabe em nenhum tipo de organismo imperialista. Renegociará a dívida pública e tratará de conseguir acordos internacionais e cooperações em bases completamente diferentes, utilizando na medida do possível as contradições inter-imperialistas.
O KKE luta com toda a sua força para que os trabalhadores tenham conquistas imediatas e continuará na luta para que essas medidas possam ser impostas pela força do movimento, medidas que diminuirão a gravidade dos nossos problemas actuais e consistirão num alívio para o povo.
O KKE desenvolverá reivindicações para cada problema que surja. O nosso Partido continuará a luta por objectivos concretos. No entanto, hoje isto não é suficiente. É necessária uma proposta alternativa de progresso para que a luta tenha objectivo, uma meta, um sentido e, finalmente, para que possa exercer uma pressão suplementar em cada fase da luta.
O caminho a favor do povo e só o do socialismo e jogar-se-á em primeiro lugar a nível nacional.
Na Europa, cada povo que escolha esta via de desenvolvimento, que opte por uma diferente organização da sociedade contra a exploração do capital e dos monopólios, pelo socialismo, estará obrigatoriamente contra a União Europeia.
*Este texto foi publicado numa edição em português do Rizospastis, órgão central do Partido Comunista da Grécia, distribuído na festa do Avante.
Frente aos dilemas que o inimigo de classe ao povo em torno da crise, a resposta do KKE é que não existe saída da crise a favor do povo, sem que se toque drasticamente nos lucros, no domínio e no poder dos monopólios.
A Grécia tem os seus pré-requisitos para criar e desenvolver uma economia popular auto-suficiente. Tem um nível satisfatório de concentração da produção, de meios de produção, uma extensa rede comercial e um nível adequado de desenvolvimento de tecnologias modernas. Tem uma mão-de-obra experiente e qualificada e tem recursos científicos.
O caminho para satisfazer os direitos populares contemporâneos, para que o nosso país confronte as intervenções e os antagonismos imperialistas, é que o povo tome o poder, detenha nas suas mãos o controlo da economia e da produção.
A proposta do KKE de saída da crise resume-se na consigna: «aliança popular anti-imperialista, antimonopolista, pelo poder popular».
Apesar do facto de no âmbito da aliança popular poderem existir forças com diferentes concepções sobre o poder, para nós comunistas, o poder popular não pode ser outro senão o socialismo.
Esta aliança popular tem os seguintes eixos programáticos básicos:
• Socialização dos concentrados meios de produção nos sectores de energia, telecomunicações, mineração, indústria, abastecimento e distribuição de água, transportes; que o sistema bancário, o comércio externo e a rede centralizada de comércio interno sejam propriedade social.• Sistemas exclusivamente públicos e universais de educação, saúde, de bem-estar e previdência sociais. Que a terra deixe de ser uma mercadoria, que não exista actividade empresarial nos sectores de educação, de saúde e de bem-estar social.• Desenvolvimento do sector cooperativo ao nível da pequena agricultura, em ramos de pequenos negócios e de trabalhadores autónomos, onde a concentração tenha um baixo nível de desenvolvimento.• Planificação central que formule os objectivos estratégicos para priorizar sectores e ramos da produção, para determinar onde forças e meios devem ser concentrados.
A base do poder popular serão as unidades de produção do sector socializado e das cooperativas, cujos representantes poderão ser substituídos e, em simultâneo, existirá o controlo operário popular da base ao topo.
Desde o seu surgimento, o poder popular confrontará a reacção imperialista organizada, interna e internacionalmente. A solução deste problema e a saída da Grécia da União Europeia e da NATO são inevitáveis. Essa Grécia popular não cabe em nenhum tipo de organismo imperialista. Renegociará a dívida pública e tratará de conseguir acordos internacionais e cooperações em bases completamente diferentes, utilizando na medida do possível as contradições inter-imperialistas.
O KKE luta com toda a sua força para que os trabalhadores tenham conquistas imediatas e continuará na luta para que essas medidas possam ser impostas pela força do movimento, medidas que diminuirão a gravidade dos nossos problemas actuais e consistirão num alívio para o povo.
O KKE desenvolverá reivindicações para cada problema que surja. O nosso Partido continuará a luta por objectivos concretos. No entanto, hoje isto não é suficiente. É necessária uma proposta alternativa de progresso para que a luta tenha objectivo, uma meta, um sentido e, finalmente, para que possa exercer uma pressão suplementar em cada fase da luta.
O caminho a favor do povo e só o do socialismo e jogar-se-á em primeiro lugar a nível nacional.
Na Europa, cada povo que escolha esta via de desenvolvimento, que opte por uma diferente organização da sociedade contra a exploração do capital e dos monopólios, pelo socialismo, estará obrigatoriamente contra a União Europeia.
*Este texto foi publicado numa edição em português do Rizospastis, órgão central do Partido Comunista da Grécia, distribuído na festa do Avante.
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