13/07/2009

CRISE ECONÔMICA E VIGÊNCIA DO NEOLIBERALISMO

Renato Nucci Junior (Militante e dirigente do Partido Comunista Brasileiro)

Apresentação
A estatização da General Motors (GM) pelo governo dos Estados Unidos, que passará a deter 60% das ações da empresa, soma-se a medidas semelhantes tomadas em 2008 desde o estouro da crise econômica mundial, que levou à estatização de grandes instituições bancárias e financeiras. Ainda que a concordata da GM tenha sido a quarta maior da história dos Estados Unidos, trata-se da primeira no que tange a uma empresa industrial. Além do mais, a concordata da GM e sua estatização são inusitadas, pois a empresa não é qualquer coisa. Por décadas foi o símbolo do poderio industrial e econômico do imperialismo norte-americano, empregando meio milhão de pessoas e liderando a produção automobilística mundial. Sua concordata e estatização pelo governo dos Estados Unidos, portanto, é emblemática, pois se junta a outros sinais que indicam um declínio da economia norte-americana.
Outro aspecto a ser observado na estatização da GM é o de que Barack Obama declarou que não intervirá na administração da empresa. Trata-se de uma estatização temporária com o fito apenas de salvar a GM da falência, recuperá-la financeiramente com farta ajuda do Estado norte-americano, para depois reprivatizá-la. A mesma situação se passa com os bancos privados resgatados pela estatização, que foi usada como forma de impedir o colapso do sistema bancário e financeiro. O recurso à estatização tem visado unicamente salvar os lucros dos acionistas e assegurar superpoderes e polpudos salários e gratificações aos altos quadros administrativos das empresas estatizadas, mas em hipótese alguma garantir os empregos ou usar os lucros para investimentos em saúde, educação, etc.
O fato é que sem titubear a intervenção do Estado, tão criticada pelas classes dominantes por todo o mundo nos últimos trinta anos, foi requerida sob a desculpa de salvar a economia mundial da catástrofe. Enquanto a produção industrial, a especulação financeira e o comércio internacional ofereciam polpudos lucros, a mão invisível do mercado era louvada como a única capaz de gerar e distribuir riqueza por todo o mundo. Mas quando a crise chegou e os lucros despencaram, apelou-se à mão visível do Estado para se evitar uma catástrofe econômica ainda maior.
Essa ação do Estado em todo o mundo tem embalado algumas análises de que o neoliberalismo, com sua litania sobre as virtudes do livre mercado, teria sido definitivamente derrotado. A crise teria tornado evidente e provado como necessária à intervenção do Estado na vida econômica, fazendo ressurgir em diversos círculos políticos, inclusive em setores da esquerda, uma nova estatolatria. Queremos com esse texto questionar a tese de que o neoliberalismo teria entrado em uma crise definitiva.
O neoliberalismo como doutrina e como prática concreta
Para uma melhor compreensão de nosso argumento pensamos que é preciso entender a dupla dimensão do neoliberalismo: como doutrina e como prática política concreta. Como doutrina, o neoliberalismo propugna um retorno ao liberalismo clássico, com a necessidade de se resgatar o princípio do laissez-faire, ou seja, é preciso afastar do mercado qualquer intervenção externa à sua lógica. O mercado possui uma lógica de funcionamento intrínseca e se deixado a si mesmo, sem interferências julgadas “anacrônicas” que possam limitar ou colocar barreiras aos seus movimentos como as regulamentações estatais e a ação sindical, se torna capaz de operar com o máximo de eficiência, produzindo um equilíbrio natural e remunerando os agentes econômicos na proporção de sua contribuição ao ciclo econômico. Para neoliberais como Hayek e Friedman, foi o afastamento de tais princípios, com o acentuado poder adquirido pelo Estado e pelos sindicatos após a Segunda Grande Guerra, os principais responsáveis pela crise fiscal do Estado, bem como pela estagflação (estagnação econômica combinada com inflação) das principais economias capitalistas no início da década de 1970. A saída apontada pelos neoliberais seria reduzir o papel do Estado na economia e o poder dos sindicatos como forma de fazer o capitalismo voltar aos trilhos e a crescer.
Porém, do ponto de vista da prática política, o neoliberalismo nunca se propôs a construir um Estado mínimo em termos absolutos. Como um fenômeno da luta de classes, o neoliberalismo é uma reação política, econômica, social e ideológica do capital contra os trabalhadores. Sua prática política real e concreta consistiu na aplicação de reformas regressivas baseadas em uma idéia genérica de que a liberdade de comércio e de movimentação financeira, que para serem atingidas necessitavam de uma reduzida intervenção estatal, seriam as únicas capazes de retirar a economia capitalista da estagnação em que se encontrava. Essas reformas regressivas têm como foco a desmontagem de todas as conquistas alcançadas pela classe trabalhadora após a Segunda Grande Guerra, baseando-se em uma desregulação das relações capital-trabalho favorável à burguesia, em uma reforma das políticas fiscais e monetárias cujos impactos resultaram em uma diminuição das funções sociais do Estado, com a privatização e/ou desmonte da seguridade social e dos sistemas de saúde e de educação, fim de subsídios diversos que favoreciam o acesso das classes trabalhadoras a bens e serviços públicos essenciais, privatização das empresas estatais e uma restrição do poder e da influência dos sindicatos na vida econômica e social. No caso da América Latina podemos acrescentar as aberturas comerciais e financeiras, que promoveram a desindustrialização e reprimarizaram as economias da região, tornando-as vulneráveis aos interesses imediatos e de curto prazo do capital especulativo, possibilitando a transferência do patrimônio público e privado nacional para o capital estrangeiro
É importante lembrar que o primeiro país a servir como laboratório para a aplicação das políticas neoliberais foi o Chile, após o golpe militar de 1973 articulado pela burguesia interna e apoiado pelos Estados Unidos, cujo comando coube ao general Augusto Pinochet. Isso demonstra que a liberdade reclamada pelos neoliberais não é incompatível com regimes de exceção e ditaduras sanguinárias. Aliás, o ajuste brutal requerido pelas políticas neoliberais com suas reformas regressivas, ao não admitirem espaço para negociação só podem ser aplicados por medidas de força que eliminem qualquer possibilidade de oposição dos trabalhadores e de seus partidos representativos. Fica evidente que a única liberdade admitida pelos neoliberais é a liberdade para os negócios.
Essa tônica autoritária no trato dado por governantes afinados com as políticas neoliberais, porém, não é exclusividade apenas de ditaduras militares. Os governos civis que os substituíram, adotaram igualmente procedimentos autoritários na aplicação de reformas e medidas neoliberais, ao refutarem qualquer espaço de negociação política com os setores populares atingidos. O Estado, sob regimes democráticos formais, foi blindado para impedir qualquer influência dos trabalhadores e das classes populares na definição de políticas públicas que os pudessem atender em seus interesses, através dos mecanismos de representação como os mandatos legislativos e pressões de suas organizações. Uma das formas adotadas para essa blindagem foi a autonomia concedida aos bancos centrais na definição das políticas monetária e fiscais. Essa autonomia colocou os BC’s sob a influência direta dos grandes monopólios bancários e financeiros. No caso brasileiro, outra medida destinada a blindar o Estado de qualquer influência das classes populares na definição das políticas públicas, foi a de criar as agências reguladoras, órgão pelos quais o governo “terceiriza” a regulação e fiscalização dos serviços públicos prestados por empresas privadas ou privatizadas. O resultado prático do neoliberalismo foi o de aumentar a concentração da renda e da riqueza na classe proprietária dos meios de produção, bem como o de fortalecer os grandes monopólios capitalistas privados, enquanto os trabalhadores e as classes populares em seu conjunto assistem à deterioração de suas condições de vida.
Nesse sentido, o objetivo principal do neoliberalismo é o de superar os óbices que dificultavam uma retomada da valorização do capital através das reformas regressivas indicadas acima. O neoliberalismo é um conjunto articulado de medidas destinadas a atacar as conquistas sociais, políticas e econômicas dos trabalhadores, com o fito de recolocar a acumulação de capital em um novo patamar. Um ataque que descamba para uma política de Estado, articulada com os grandes meios de comunicação, tendente a criminalizar as lutas e organizações populares, cujo maior exemplo no Brasil é a perseguição movida ao MST, empreendida através dos aparelhos de coerção estatal: a justiça e a polícia. Por tais motivos afirmamos que o neoliberalismo em hipótese alguma, propôs a formação de um Estado mínimo em termos absolutos. O Estado mínimo defendido pelos neoliberais, só é mínimo no que tange às garantias sociais, trabalhistas, previdenciárias, de montagem de uma rede de saúde e educação de acesso universal. Contudo, do ponto de vista da prática política real e concreta, o “neoliberalismo realmente existente” se pautou pela construção de um Estado máximo para defender os interesses sobretudo do grande capital.
É importante salientar que os conceitos aqui utilizados de Estado máximo e Estado mínimo são impróprios de um ponto de vista marxista, pois o Estado em sua gênese, caráter e função é o de organizar jurídica e politicamente a dominação e exploração de uma classe social sobre a outra. Portanto, não há um Estado que seja em parte capitalista e em parte socialista. Como bem indica Gramsci, é no Estado que se realiza a unidade histórica da classe dominante. Por esse motivo, no capitalismo o Estado é burguês. Porém, mesmo o caráter de classe e a função repressiva do Estado não o imunizaram das influências e determinações da luta de classe, se tornando um espaço em disputa sobre o qual, por um lado, incidiram os trabalhadores para alcançarem todas as suas conquistas sociais, trabalhistas e econômicas, e, por outro, as classes proprietárias dos meios de produção foram obrigadas a fazerem concessões especialmente após a Segunda Grande Guerra, para não se verem ameaçadas pela revolução proletária. Assim, a dicotomia utilizada pelos neoliberais e quejandos sobre Estado máximo e Estado mínimo, manifestam as determinações da luta de classe e o propósito de colocar o Estado completamente a serviço dos interesses da burguesia, tornando-o infenso a uma ofensiva dos trabalhadores destinada a ampliar seus direitos.
A crise reafirma o neoliberalismo
Caracterizarmos acima o neoliberalismo como uma reação das classes proprietárias dos meios de produção à crise de acumulação capitalista do início da década de 1970. Sua prática política se manifestou por meio de reformas regressivas que retiraram e diminuíram as conquistas sociais, trabalhistas e econômicas dos trabalhadores após a Segunda Grande Guerra. A conclusão a que chegamos, portanto, é a de que as políticas de salvamento de bancos e instituições financeiras, cuja ajuda chega agora às indústrias como é o caso da GM, reafirmam a vigência e continuidade do projeto neoliberal e não sua morte.
Se o neoliberalismo em sua prática real e concreta não pretende construir um Estado mínimo em termos absolutos mas em termos relativos, diferindo portanto de seu corpo doutrinário, os pacotes polpudos de ajuda e a estatização dos bancos e instituições financeiras em crise, a nosso ver não resultam em uma negação do neoliberalismo. O que entrou em crise e talvez tenha mesmo morrido, foi o neoliberalismo como doutrina, mas não como prática política a orientar governos por todo o mundo. Se o neoliberalismo em sua concretude aponta para um fortalecimento do Estado no que tange à defesa dos interesses do capital contra o trabalho, significando uma onda de ataques contra os trabalhadores através de uma nova vaga de reformas regressivas, assistimos na atual crise econômica o neoliberalismo ainda se impor.
O caso da GM é emblemático. Ainda que o Estado norte-americano tenha 60% do controle acionário da empresa, com o UAW (United Auto Workers Union), sindicato que representa os trabalhadores da indústria automobilística controlando mais 15% das ações, se prevê que mais de 20 mil postos de trabalho da empresa serão fechados. Outro exemplo pode ser retirado dos bancos, cujos pacotes de ajuda financeira não significaram qualquer garantia de emprego para os seus funcionários, mas, muito pelo contrário, representaram demissões em massa. Essa combinação de ajuda do Estado aos capitalistas em crise, ao preço de demissões em massa, além de uma nova onda de reformas regressivas (na União Européia uma lei debatida no parlamento europeu pode permitir que a jornada de trabalho chegue a 65 horas semanais!), demonstra cabalmente que o capital não possui alternativa capaz de atender aos interesses dos trabalhadores. Mesmo com a profunda crise sofrida pela doutrina neoliberal após o estouro da crise, do ponto de vista prático não aconteceu qualquer reversão no papel que o Estado burguês vem cumprindo nos últimos anos. Ao contrário, os aspectos acima descritos foram acentuados.
O que devem esperar os trabalhadores
Diante da situação exposta, em que o capital enfrenta uma crise que é, por um lado, mais uma de suas crises cíclicas e, por outro, uma crise de proporções estruturais para as quais a burguesia propõe como saída um processo de intensificação da agenda neoliberal pelo uso escancarado do Estado, resta aos trabalhadores o caminho da luta e da organização. Sem nutrir ilusões de um retorno a um passado mítico, o dos “Trinta Anos Gloriosos”, onde a intervenção dos Estados capitalistas notadamente europeus após a Segunda Grande Guerra foi capaz de gerar um ciclo de crescimento econômico que ampliou a participação dos salários na renda nacional e criou o Estado de Bem-estar social, vivemos um contexto histórico completamente distinto.
Em verdade, todas as conquistas dos trabalhadores nos âmbitos político, econômico e social, resultaram da grande força adquirida pelas lutas operárias desde o século XIX; pela existência de grandes partidos comunistas e socialistas com influência de massa capazes de impor ao capital, reformas que tornaram mais civilizadas a exploração do capital sobre o trabalho; pela existência de um campo socialista como pólo de atração e de ameaça à ordem capitalista; pela existência de gigantescas concentrações industriais que reuniam grandes massas operárias de onde o movimento sindical e os partidos de esquerda extraíam sua força política e organizativa; por um padrão fordista de acumulação baseado no crescimento da massa salarial usado como forma de inserção social e visando criar um ambiente social de estabilidade e consumo de massa; e pela existência de Estados capazes de impor uma relativa disciplina sobre o capital privado.
A atual fase do capitalismo não admite um retorno a esse passado. Tentar recuperá-lo seria uma iniciativa vã, pois exigiria retomar um padrão de acumulação superado pela mundialização capitalista impulsionada nas últimas décadas. Esse movimento iniciado e estimulado pelos grandes oligopólios mundiais deslocou unidades fabris para pontos distantes do globo, querendo explorar uma força de trabalho barata e submetida a formas brutais de exploração, como longas jornadas e péssimas condições de trabalho, além de em muitos casos não possuir direito à organização sindical. Junto a essa deslocalização, surge um padrão de acumulação flexível que combina diferentes métodos de produção: toyotismo, fordismo, formas artesanais e mesmo formas pré-capitalistas.
A tarefa a ser enfrentada pelos trabalhadores não é fácil, pois se trata de lutar para garantir os direitos conquistados há décadas, em um padrão de acumulação que atua justamente em sentido contrário, ou seja, sob a lógica da precarização através do largo uso de contratos temporários e da terceirização. Com a crise econômica a tendência do capitalismo será a de aprofundar essa lógica, sinalizando uma acentuação da agressividade do neoliberalismo através de reformas ainda mais regressivas e com uma deterioração ainda mais grave das condições de vida dos trabalhadores em todo o mundo.
A disjuntiva, “socialismo ou barbárie”, decretada por Rosa Luxemburgo ao testemunhar os horrores da Primeira Grande Guerra, sendo ela inclusive uma de suas vítimas, ainda que contenha uma forte dose de fatalismo, talvez nunca tenha sido tão atual. A crise econômica parece estar mostrando às classes populares por todo o mundo, que o capitalismo não admite um retorno ao passado ou reformas humanizantes que possam civilizar os seus métodos de exploração sobre os trabalhadores. As tendências cada vez mais regressivas do capitalismo do ponto de vista econômico, político e social, instaladas a partir da aplicação do projeto neoliberal no final da década de 1970, estão sendo acentuadas com a crise econômica e se explicitam nas demissões em massa, na previsão de aumento absoluto no número de miseráveis em todo o planeta e nas políticas de Estado cujas preocupações se resumem exclusivamente em salvar os lucros dos grandes monopólios financeiros, bancários e industriais. Elas tornam o capitalismo ainda mais nefasto às classes populares em todo o mundo, afastando qualquer possibilidade de um recuo por si mesmo a formas menos agressivas de exploração. É aqui, a nosso ver, que reside a barbárie.
A barbárie não pode ser confundida com um fatalismo em que rumamos seguros para um colapso iminente do modo de produção capitalista a ponto de fazer a civilização, tal como a entendemos, retroceder ao estágio pré-estatal da guerra de todos contra todos, imaginada por filósofos contratualistas como Hobbes. A barbárie é a miséria, a opressão, a exploração brutal e sem peias sobre os trabalhadores, a alienação, a deterioração das condições de vida, a própria vida cotidiana imersa na serialidade, a devastação causada pelas guerras movidas pelo imperialismo, a insegurança quanto ao futuro, convivendo lado-a-lado com a civilização burguesa.
As tendências cada vez mais regressivas do capitalismo exigirão dos trabalhadores uma resposta em proporções idênticas à agressividade do capital. Se isso não ocorrer a burguesia se sentirá à vontade para aplicar os ajustes necessários visando sair da crise, pela imposição de formas cada vez mais deterioradas das condições de vida e de trabalho. Para que a crise econômica se desdobre em uma crise política, ou mesmo revolucionária, na qual a burguesia venha a perder sua posição hegemônica em ser classe dirigente, restando-lhe apenas a condição de ser classe dominante, duas condições tem de ser respondidas: até onde as massas suportarão uma deterioração em suas condições de vida e de trabalho, bem como qual será a capacidade política e econômica das classes dominantes em oferecer saídas parciais e compensatórias que não solucionem os problemas mais gritantes das classes populares causadas pelas medidas aplicadas pela burguesia para sair da crise, mas que minimizem alguns de seus efeitos, tornando mais suportável o fardo da deterioração das condições de vida, ou que possam iludi-las por mais tempo.
Portanto, urge aos trabalhadores e às suas direções mais conseqüentes e comprometidas com um projeto de transformação social, superar as atuais limitações no nível de consciência e no grau de organização dos trabalhadores, impostas nas últimas duas décadas tanto pelas mudanças no mundo do trabalho, como pela derrota das experiências de construção do socialismo no leste europeu e pelo avanço avassalador do neoliberalismo com todo o seu cortejo de reformas regressivas. Torna-se fundamental, hoje, retomar a organização da classe em seus locais de trabalho e moradia, para mobilizá-las em torno de um programa que resista às ofensivas regressivas e retrógradas do capital, mas que também seja capaz de formular um projeto societário alternativo ao capitalismo.

Campinas, julho de 2009.
Agradeço a preciosa colaboração dos camaradas Paula Hypólito de Araújo e Danilo Enrico Martuscelli pela leitura e sugestões que tornaram esse texto possível.

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