29/04/2009

A Crise É Grave, A Resposta É A Luta!

Na estrutura da sociedade capitalista é ingenuidade esperar inclusão da juventude no processo produtivo e com acesso à cultura e educação de qualidade. Temos jovens assassinados, jovens assassinando, jovens desempregados, jovens drogados, jovens analfabetos, jovens esquecidos e jovens famintos. De todos os flagelados e excluídos os jovens constituem a maioria.

No mundo do trabalho, o jovem não é empregado por falta de experiência e são os primeiros a serem demitidos, especialmente nesses tempos de crise econômica. E ainda são massa de mão de obra barata em ocupações temporárias ou de grande rotatividade como estágios e no telemarketing.

Como o Estado não proporciona espaços de lazer e cultura – e quando têm, não há manutenção ou incentivo –, associado à falta de autonomia financeira, os jovens se apropriam do que está ao seu alcance, como o mundo das drogas e da criminalidade. A alienação perpetua, dificultando a capacidade de organização desse segmento social.

Apesar do quadro desfavorável para a juventude, esta sempre teve um papel fundamental nos avanços democráticos do país. A priori, por uma participação mais combativa e radicalizada dos estudantes por quase todo o século XX e a partir de suas últimas décadas os movimentos culturais passam a somar e a ocupar de forma mais organizada e propositiva os espaços de discussão da juventude, como o punk, o reggae e, especialmente, o hip hop.


Essa organização não é por acaso. Os jovens trabalhadores, os estudantes secundaristas, enfim, jovens pobres aos da classe média formam a massa das periferias da cidade. As expressões culturais, em especial a música, são o principal refúgio e passa a ser um importante espaço de questionamentos, posições, críticas e, logo, de proposição.

Estamos ainda no começo da crise que, seja por pretexto ou por sua conseqüência direta, está demitindo cada vez mais, em grande parte jovens. A precarização do trabalho e a retirada de direitos são as políticas imediatas pelas empresas e pelos Governos para “enfrentar” a crise. Salvar os bancos e as grandes empresas (os parasitas da nossa economia) é a solução do nosso governo para “vencer” a crise, ao invés de estatizá-los e colocá-los a serviço do povo.

O sistema capitalista em dois séculos de hegemonia passou por suas inúmeras reincidentes e orgânicas crises, todas produzindo desemprego, redução de salários, miséria e conseqüentes fervorosas mobilizações, como as que vimos na Europa (centenas de milhares de pessoas nas ruas da França, Inglaterra, Portugal, Irlanda, Polônia, Alemanha e outros). No Brasil já atingiu perto de 800 mil o número de demissões desde o estouro da crise.

Ainda a juventude não mostrou sua cara, seu potencial ainda não despertou. A União da Juventude Comunista faz o chamado aos jovens lutadores a integrar a luta neste 1° de Maio, na Praça da Sé, não contra a crise, que é apenas um sintoma, mas a todo ataque e extorsão feita pelos banqueiros e grandes empresários, sob a gerência do Estado, aos 90% do povo brasileiro, entre trabalhadores e desempregados.



UNIÃO DA JUVENTUDE COMUNISTA

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