05/01/2009

Sábado: Dois protestos em Israel contra o massacre em Gaza


A matança em Gaza continua. Centenas de palestinos foram assassinados, milhares estão feridos. Os ataques aéreos causaram devastação e famílias inteiras estão desabrigadas. Os civis do sul de Israel se encontram prisioneiros de um governo que mente e abusa deles. A destruição e as mortes em Gaza não assegurarão seu futuro e poderá levá-los a mais violência e crimes.

Próximo sábado, dia 3 de janeiro se realizará dois grandes protestos em Israel, organizado por uma coalização de forças pacifistas e o Partido Comunista de Israel a a frente Hadash, em Tel-Aviv; em Sakhnin estará o Comité de Cidadania Árabes-Palestinos em Israel. Ambos se manifestarão contra a matança de Gaza. Juntos chamaremos a: Parar a matança! Não ao estado de sitio! Sim à vida para ambos povos! Nestes dias escuros, aderimos a esta mensagem: judeus e árabes nos negamos a ser inimigos! Nossa demanda: uma trégua completa e o fim do assédio a Gaza AGORA!

Israel tem sido capaz de qualquer coisa para assegurar que o mundo não saiba da amplitude dos crimes contra a humanidade dentro de Gaza. Em Israel mesmo, há protestos contra a guerra. Milhares de pessoas se congregam para protestar diariamente em Tel Aviv, Jerusalén, Haifa, Nazaret, Um el-Fahem, Tira, Taybe e outras cidades. Muitos cidadãos que foram chamados como reservistas para o assalto terrestre a Gaza se negaram, e correm o risco de serem presos. Nenhum deles foi entrevistado pelos meios de comunicação dos EUA ou da Europa, que têm respaldado o ataque israelense.

Como Dov Khenin, membro do Parlamento por Hadash e dirigente do Partido Comunista declarou em uma entrevista com Amy Goodman na Democracia Agora: "Bom, o mais importante é que deram conta que existe uma oposição dentro de Israel contra a guerra e contra o que sucede atualmente em Gaza. Está posição é Judeu-Árabe. Na noite de sábado houve uma mobilização em Tel Aviv de 2000 jovens, majoritariamente de judeus, e muitas outras manifestações conjuntas entre judeus e árabes está ocorrendo em toda Israel contra a política de guerra do atual governo. Está oposição tem crescido constantemente. É muito importante saber disso e entender que existem outras vozes na sociedade israelense que se opõe à guerra, e que crê que haja uma alternativa melhor e igualitária para israelenses e palestinos".

Ontem, um grupo de poetas de Tel Aviv organizarão uma vigília com leitura de poemas, protestando contra a Operação Gaza emn frente do luxuoso Akirov Towers, onde o Ministro de Defesa Ehud Barak (líder do Partido Laborista) tem um apartamento. Vinte jovens poetas leram trabalhos pacifistas em um altofalante, denominando o ato de "um protesto contra a destruição. Ehud Barak está semeando a destruição sobre os moradores do sul enquanto dorme em sua cômoda cama do trigésimo primeiro andar". Ibtisam Marahna, o nº 12 da lista de Meretz no Parlamento, falou no protesto e anunciou sua renúncia do Meretz por este apoiar a guerra. Dez organizações de DDHH ontem chamaram a Ehud Barak para renovar urgentemente a provisão de combustíveis na Faixa de Gaza. Os grupos, que incluíam a B'Tselem, Gisha e a Assossiação de Direitos Civis de Israel, escreveram que a destruição massiva da infraestrutura, seguida da ação israelense, aumentaram a necessidade de combustível para operar "equipes humanitárias como filtros para depurar água e para o sistema de saúde". Estes grupos escreveram que desde que Israel vem reduzindo o fornecimento de combustível para a Faixa de Gaza desde outubro de 2007, e já se esperava uma escassez seguida de uma operação militar.

O membro do Parlamento por Hadash, Mohammad Barakeh pediu ontem ao Primeiro Ministro Ehud Olmert que o serviço de segurança Shin Bet pare de interrogar os políticos árabes e os ativistas de esquerda que protestam contra a operação Gaza. "Se o governo está preocupado com a onda de protestos contra os crimes de Gaza,´então é melhor parar de perseguir líderes políticos e ativistas do setor árabe", disse Barakeh.


Material enviado pelo PARTIDO COMUNISTA DE ISRAEL
Traduzido por Daniel Oliveira (PCB Partido Comunista Brasileiro)

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