28/01/2009

Das consequências do revisionismo

KIM IL SUNG
Em julho passado encontrei-me com uma delegação de veteranos de guerra da Federação Russa, que estava de visita em nosso país para participar no ato de comemoração do 40° aniversário da Vitória na Guerra de Libertação da Pátria. Seu chefe era um herói da ex-União Soviética, que esteve no nosso país depois da libertação. Tinha amizade comigo e com a companheira Kim Jong Suk. Naquela oportunidade, dei-lhe de presente um relógio de bolso e tirei uma fotografia com ele. Em sua visita recente trouxe aquela foto. Mantive uma conversa com ele depois de muito tempo sem nos ver, e perguntei-lhe como devia chamá-lo agora: camarada ou Sua Excelência. Ele pediu que continuasse chamando-o de camarada. Disse-lhe, então, que deveria ter o carnê do partido para ser digno desse tratamento e respondeu que ainda o conservava. Inquiri por que a União Soviética se desintegrou quando tinha 18 milhões de membros do Partido Comunista; respondeu que deveu-se ao fato do partido não ter realizado a educação ideológica.
A causa pela qual a União Soviética e outros países da Europa Oriental capitularam perante a estratégia de “transição pacífica” do imperialismo norte-americano é principalmente que esses países não promoveram de forma adequada a luta pela conquista da fortaleza político-ideológica, persistindo só no propósito de atingir a fortaleza material. A União Soviética foi um país poderoso que derrotou a Alemanha fascista na Segunda Guerra Mundial. Seu poderio se deveu à acertada direção de Stalin e à união do partido e do povo em torno de seu líder. Durante a Segunda Guerra Mundial, Stalin dirigiu o exército e o povo permanecendo em Moscou, inclusive quando as tropas da Alemanha estavam nas proximidades dessa cidade, e organizou até os desfiles militares pela comemoração do aniversário da vitória da Revolução Socialista de Outubro. Superando a situação difícil da guerra, organizou uma contra-ofensiva, assestou golpes demolidores aos inimigos, e garantiu uma vitória histórica da União Soviética.
Isto evidencia que Stalin foi um grande dirigente. Depois de seu falecimento, Nikita Krushov tomou o poder urdindo intrigas e aplicou uma política revisionista. Com o pretexto de se opor ao “culto à personalidade” desacreditou Stalin, debilitou de modo sistemático o partido e não realizou a educação ideológica dos militantes e demais trabalhadores, o que debilitou seu espírito. Depois de Krushov tampouco se realizou devidamente o labor ideológico do partido. Como conseqüência, a vontade de fazer a revolução cedeu lugar às idéias burguesas e revisionistas. As pessoas passaram a pensar só no dinheiro, na casa de campo e no carro, e na sociedade prevaleceu um modo de vida propenso à corrupção e degeneração. Como não se promoveu a educação revolucionária, não se pôde desenvolver a edificação econômica.

Trecho extraído do discurso “Sobre a direção imediata da construção econômica socialista”, pronunciado no XXI Pleno do Sexto Período do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coréia, em 8 de dezembro de 1993. Publicado no volume 44 das Obras Completas.

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