20/09/2008

A Crise do Capitalismo e os Trabalhadores

Os trabalhadores não pagarão mais esta conta.

A crise do capitalismo está apenas no começo: a queda nas bolsas, a quebra de empresas e o socorro desmoralizante do Banco Central norte-americano às empresas quebradas são apenas os acordes iniciais de um processo que será longo e doloroso para o sistema capitalista. A crise tende a se espalhar para outras regiões e atingir os fundos de pensão e também a economia real, levando o sistema capitalista à recessão, ao desemprego e à ofensiva contra os trabalhadores e o movimento sindical.

Quando ocorrem crises nestas proporções, o grande capital busca se entrincheirar no Estado, no aparato legal e nos seus organismos institucionais, como os Bancos Centrais, a fim de tentar salvar suas posições. Partem com força quase unitária para ampliar o raio de exploração dos trabalhadores, retirarem-lhes direitos. Tentam de todas as formas recuperar aquilo que estão perdendo na farra da especulação financeira. É justamente nesta hora que os trabalhadores devem mostrar resistência. Não cair na falácia de que “cada um deve dar sua contribuição para que todos se salvem”, haja vista que quem quer ser salva é a burguesia e seu sistema de exploração.

Por isso, essa crise coloca para os trabalhadores imensos desafios: organizar-se e resistir aos ataques que certamente virão. Mas é também nesta conjuntura que o poder da burguesia se fragiliza e que os trabalhadores podem abrir espaço na crise para afirmar seu projeto de emancipação. Mais uma vez, estão colocadas na ordem do dia a inviabilidade do capitalismo enquanto sistema organizador da sociedade humana e a necessidade da construção da alternativa socialista, como única capaz de salvar a humanidade da barbárie.

O PCB, em São Paulo, chama todos os trabalhadores, movimento sindical e social, jovens estudantes e trabalhadores a ampliarem sua organização, fortalecer seu movimento, denunciar qualquer tentativa de criminalização do movimento social e resistir bravamente aos ataques que certamente virão por parte das classes dominantes.

Vamos construir o Bloco Histórico do Proletariado como alternativa ao capitalismo e ampliar o movimento classista rumo ao socialismo.

Comitê Regional do PCB – São Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário